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Bebê tem pés queimados ao ser levado de UTI para quarto de hospital

Segundo a mãe do neném, identificado como Miguel, o menino foi levado em pé em um berço junto com uma garrafa térmica, que vazou água quente

Bebê tem pés queimados ao ser levado de UTI para quarto de hospital
Notícias ao Minuto Brasil

16:18 - 26/10/15 por Notícias Ao Minuto

Brasil Distrito Federal

Um bebê de apenas um ano sofreu queimaduras de segundo grau nos dois pés dentro do Hospital Brasília, no Lago Sul, durante a transferência da UTI para o quarto, após 14 dias de internação por causa de uma otite.

Segundo a mãe de Miguel, a publicitária Fernanda Aguiar, de 34 anos, o menino foi levado em pé em um berço junto com uma garrafa térmica, que vazou água quente. O líquido atingiu o menino. Segundo a unidade de saúde, um comitê interno foi instalado para apurar os fatos.

A mãe afirmou ao G1 que vários erros aconteceram nos dias em que o filho esteve internado, desde alimentação errada até má prestação de serviços. Segundo Fernanda, a criança tem alergia à proteína do leite e era sempre oferecido mingau com lactose, por exemplo. E que nos últimos dias, foi descoberto que Miguel estava com pneumonia e que a otite tinha se agravado.

“Quando cheguei até o hospital e vi o jeito que as queimaduras estavam, entrei em choque. Ele estava desfalecido, todo molinho e suado de tanto chorar", contou Fernanda ao portal.

O transporte do paciente dentro do berço é um procedimento do Hospital de Brasília. A medida ocorre, segundo a mãe da criança, porque carregar o neném no colo pode colocá-lo em risco de queda. Fernanda disse que Miguel foi transportado em pé, com todos os objetos pessoais – mala, sacola de brinquedos e caixa de fraldas – e a garrafa térmica.

"O berço virou um caminhão de mudanças. As coisas dele estavam há 14 dias no chão, porque não havia lugar para colocar. A garrafa térmica, que era o único jeito de esterilizar as mamadeiras, estava fervendo. A enfermeira responsável pela UTI Pediátrica autorizou e acompanhou a transferência nessas condições. Foi uma sessão de terror, erros primários que ocasionaram em queimaduras de 2° grau."

Após o episódio, um cirurgião plástico conversou com os pais e fez curativos. Porém, segundo Fernanda, o Hospital Brasília não se pronunciou e nem pediu desculpas pelo erro. Ela registrou um boletim de ocorrência e pretende entrar na Justiça contra a empresa.

O Hospital de Brasília informou ao

G1, através de nota, que está prestando todo o atendimento para tornar a recuperação de Miguel mais breve possível. Segundo a empresa, a criança está sendo acompanhada por equipe de cirurgia plástica e permanecerá com estes cuidados até recuperação total.

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