Presidente da Samarco diz que é cedo para saber causas de acidente
Ricardo Vescovi ainda afirmou que não é possível determinar o futuro dos funcionários ou da empresa
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Brasil Entrevista
Ricardo
Vescovi,
diretor-presidente da
Samarco, deu uma entrevista ao "G1" 20 dias depois
do
rompimento da barragem de Fundão, em Mariana. Entre as declarações, ele falou que ainda é cedo para determinar o futuro dos funcionários e da própria empresa. Também, afirmou que é preciso mais alguns meses para saber as causas do acidente.
"Em relação às causas desse acidente, elas estão sendo investigadas por uma série de profissionais do Brasil e de fora do país. Certamente é uma resposta de solução complexa porque vai diversas disciplinas da engenharia, geotécnica, geologia, mecânica dos solos, mecânica das rochas", explicou ele, ressaltando que "é
importante dizer que essa barragem era tida como modelo de operação, muito bem monitorada, isso é um consenso de todos que conheciam a operação de Fundão. Daí a surpresa quando identificaram que ela não se rompeu progressivamente, mas de uma vez só".
Questionado sobre os prejuízos ambientais,
Vescovi
afirmou que "Contratamos uma empresa de renome internacional nesse tipo de desastre com a expertise de pessoas que participaram de outros desastres no mundo. Já estão em campo fazendo os levantamentos necessários tanto do ponto de vista social quanto do ambiental e ao longo de todo o Rio Doce para
que a gente possa ter esse número e consiga ver as ações
que precisamos tomar para o futuro".
Demonstrando
otimismo, disse que acredita que o Rio Doce pode se recuperar e, até, "se tornar um rio melhor do que era antes". Ele finalizou com uma mensagem para todas as vítimas da tragédia:
"a
Samarco
pede desculpas tanto às famílias que foram diretamente impactadas, que perderam entes queridos, quanto aos que foram indiretamente impactados, tantas pessoas ao longo do Rio Doce que estão perdendo alguma fonte de renda ou forma de vida. À população do Espírito Santo e Minas Gerais, a
Samarco
também se desculpa. Nós estamos muito tristes, consternados e trabalhando para reverter e procurar soluções".