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Produção industrial em junho mostra que 'País parou', diz economista

O economista avalia que a produção do setor industrial vai permanecer no campo negativo nos próximos meses, mas provavelmente não irá mostrar piora

Produção industrial em junho mostra que 'País parou', diz economista
Notícias ao Minuto Brasil

14:23 - 04/08/15 por Notícias ao Minuto Brasil

Economia SP

Os números negativos da produção industrial, divulgados nesta terça-feira, 4, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), reforçam que a economia brasileira está parada, com os investimentos sendo dizimados, avaliou ao Broadcasto economista-chefe da Saga Capital, Marcelo Castello Branco. Segundo ele, as quedas de bens de capital, de 3,3% em junho ante maio, e baixa de 17,2% em relação ao sexto mês de 2014, além do declínio de 10,7% de bens de capital na comparação mensal e de -2,4% no confronto com junho do ano passado são o centro "nevrálgico" da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada hoje. .

"A PIM mostra que o País parou. Não adianta pensar que deixar de fazer o País crescer fará com que a inflação ceda, pois precisa de PIB potencial para que isso aconteça. Com essa PIM, nosso produto potencial está sendo dizimado e já está em zero ou até mesmo negativo", analisou.

O economista avalia que a produção do setor industrial vai permanecer no campo negativo nos próximos meses, mas provavelmente não irá mostrar piora. "É natural uma acomodação", disse (em níveis baixos).

Com redução da confiança e sem perspectivas de reversão, Castello Branco disse não vislumbrar retomada da indústria, mesmo com a depreciação cambial. Segundo ele, o câmbio desvalorizado sempre tende a ajudar o exportador, mas não pode depender somente do câmbio, acreditar que ele pode ser salvação da indústria. "Até porque não pode pensar que a China será o driver de crescimento global como foi 2005, 2006 e 2007. Não dá para pensar em um modelo no sentido de vamos resolver nossos problemas, exportando-os para o mundo, que ele resolve. Essa forma de funcionamento acabou lá em 2008. Agora, cada um vai ter de resolver seu problema", afirmou.

O economista ressaltou que o País deve continuar sem progredir, "remando contra a maré", disse, acrescentando que espera queda de 1,50% para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2015 e recuo de 0,50% em 2016. "Não acredito que a economia vai entrar em colapso, que irá ter uma recessão de 3%, mas também não deve mostrar recuperação. É uma situação de conformismo", afirmou. Com informações do Estadão Conteúdo.

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