As redes sociais foram dominadas nos últimos dias por uma campanha que se iniciou na Argentina e se espalhou por todo o mundo. Todos estavam à procura de um brasileiro de 39 anos e tipo sanguíneo O+, que se cadastrou como doador de medula óssea e, então desapareceu. Muitos famosos mostraram seu apoio, como Lionel Messi.

Segundo o Extra, Lizandro Zeno, argentino de 25 anos, sofre com leucemia e foi descoberto que o brasileiro teria um alto grau de compatibilidade com ele. No entanto, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) revelou que o doador não desapareceu e está em contato com a instituição. E a compatibilidade mostrada na campanha não pode ser confirmada ainda, pois depende de exames.

O Inca revela que o processo é controlado pelo Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) e, ainda, que não há nenhum problema parecido com o que tem sido veiculado nas redes sociais.

Tanto a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) quando o Redome informam que não produziram nenhuma das imagens que estariam sendo divulgadas. Entretanto, Lucio Pacheco, presidente da ABTO agradeceu à participação de Messi.

“A ABTO gostaria muito de parabenizar e agradecer o jogador Messi pela campanha de doação de medula óssea. Gostaríamos também de convidá-lo a participar de outras campanhas de doação de órgãos no Brasil. Dito, isso, gostaria de fazer alguns esclarecimentos técnicos. Para que ocorra o transplante de medula é necessária uma grande compatibilidade entre doador e receptor. O Brasil possui um dos maiores bancos de doadores de medula do mundo (Redome). A função do banco de medula é armazenar dados de compatibilidade dos possíveis doadores a fim de que o tempo de espera por um doador compatível seja o menor possível. Para se cadastrar como possível doador entre em contato com REDOME e veja como fazê-lo o mais próximo de sua residência”.