Comemorando a vice-liderança de audiência do 'Cidade Alerta', na Rede Record, Marcelo Rezende tem atraído o público ao misturar humor e seriedade no telejornal policial.

Em entrevista ao jornal 'Folha de S. Paulo',

Rezende diz que cão é o mundo, não os programas policiais como o seu, ao comentar sobre as denúncias feitas no telejornal.

A justiça já foi acionada algumas vezes pelo material apresentado no 'Cidade Alerta', e por comentários feitos pelo apresentador, mas Rezende se recusa a mudar seu perfil. O apresentador comentou um caso de

junho de 2015, onde foi

denunciado pelo Ministério Público Federal à Justiça. O órgão considerou que o programa fez apologia da violência e desrespeitou a presunção de inocência. Exigiu retratação da Record no mesmo horário, por dois dias. "Todo mundo fala em liberdade de expressão. Tenho a minha opinião e não vou deixar de dar. Não tinha como evitar, era ao vivo."

Ainda segundo a publicação, violações não são casos isolados no "Cidade Alerta" e em programas similares, segundo um estudo da Agência Nacional dos Direitos da Infância e do coletivo Intervozes: foram 358 em março de 2015. O coletivo analisou 28 atrações policiais em todo o país durante um mês e contabilizou 4.536 infrações, como exposição indevida de pessoas ou violação do direito ao silêncio –nesse quesito, o "Cidade Alerta" também lidera.

Rezende rejeita a interpretação de que faça sensacionalismo ou exiba o "mundo cão". "Mostro a realidade. A vida é assim fora dos Jardins, de Ipanema." E diz perceber certa injustiça em relação a seu trabalho. Muitas vezes defende posições progressistas, como o direito ao aborto.