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Paola Carosella desabafa: 'sempre serei a favor da liberdade'

Chef foi criticada nesta sexta-feira após postagem no Twitter; entenda

Paola Carosella desabafa: 'sempre serei
 a favor da liberdade'
Notícias ao Minuto Brasil

09:04 - 29/04/17 por Notícias Ao Minuto

Fama Facebook

Paola Carosella usou o Facebook para desabafar, após ser duramente criticada nas redes sociais nesta sexta-feira (28). A jurada do MasterChef Brasil lamentou que um comentário dela sobre a notícia de que o prefeito de São Paulo, João Doria, cortaria o ponto dos que aderissem à greve tenha sido mal interpretado.

"Cheguei à conclusão de que as pessoas vão ler o que querem ler, independentemente do que eu escreva", opinou sobre a repercussão do caso.

Dentre os vários comentários que recebeu como resposta ao tuíte, um deles até mandava a chef, que é argentina, voltar para o próprio país.

"Se eu sou ou não a favor da greve? Bom, como várias pessoas falaram, pouco importa o que eu acho. O que sou e sempre serei é a favor da liberdade, de todas as suas formas, e a única forma de liberdade que conheço é aquela que acontece quando existe uma ordem clara, quando existe a lei e a mesma é respeitada, para todos por igual, independente da cor, do credo ou do partido político do momento", finalizou.

Leia o texto na íntegra.

Cheguei a conclusão que, as pessoas vão ler o que querem ler, independentemente do que eu escreva. Os fanáticos ficarão mais fanáticos e os haters terão mais motivos para me odiar. Não importa o assunto.

Tudo começou com um comentário que fiz ontem no Twitter a um usuário que escreveu:

"Mas é óbvio. Qualquer cidadão brasileiro que falte o trabalho por opção pessoal, não pode receber por esse dia."

Esse usuário estava comentando sobre um post do jornal Estado de São Paulo a respeito da decisão do Prefeito da cidade de São Paulo de cortar o ponto dos trabalhadores que aderissem a greve de hoje (28/4).

Fiquei pensando, um tanto surpresa, será que o direito a greve não existe no Brasil? Será que é Constitucional? E se é um direito, pode então ser descontado o dia de quem usufrui desse direito?

Me questionei, como me questiono sobre muitas outras coisas.

Fui então pesquisar na Constituição da República Federativa do Brasil e o Art. 9º da mesma diz: "É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender."

Curiosa, ingênua, copiei este artigo e postei na mesma rede social, pois me surpreendeu que, se era um direito constitucional, não poderia ser considerado falta ao trabalho.

Meu post foi interpretado de várias formas, infelizmente nem todas com a intenção que foi escrito.

A Revista Veja falou que eu e os meus restaurantes aderiríamos à greve. Algumas pessoas acharam que eu sou radicalmente de esquerda, comunista, outras me insultaram e me mandaram de volta ao “meu país". Outras, me acusaram de tentar “corrigir" o Sr. Prefeito, coisa que jamais foi a minha intenção. Entre algumas outras grosserias e ameaças. Enfim. Redes sociais. Faz parte.

A minha única intenção foi saber se no Brasil o direito a greve era um direito. Apenas. Uma curiosidade útil em tempos tão turbulentos.

Nasci na Argentina, sou residente brasileira desde 2001, com todas as documentações necessárias e após ter feito um grande investimento no país, o que me deu o visto de "Investidor Estrangeiro". Sou mãe de uma brasileira, que será uma mulher deste país. Uma mulher, espero eu, livre, com ideias fortes, independente e realizadora. Livre para ir e vir e para se manifestar, se assim ela achar que é importante, na reinvindicação do que ela considere, sempre dentro da lei e com respeito a Constituição e aos outros cidadãos.

Sou filha de uma advogada. Uma advogada talentosa e muito bem sucedida. Minha mãe se formou como advogada na Argentina na época da ditadura. Ela foi sequestrada duas vezes, apenas por estudar direito, o que nessa época era “coisa de comunista". Um dos maiores ensinamentos dela sempre foi: "Faça as coisas dentro da lei, conheça a lei. Se você não conhece os seus direitos, você está a mercê de qualquer coisa que qualquer pessoa faça com você. É sua obrigação, filha, conhecer os seus direitos. Depois faças as escolhas que você ache certas, mas sempre dentro da lei."

A minha única intenção ao postar o Art. 9 da Constituição foi a de lembrar, me lembrar, que as leis existem e que elas não são apenas pequenas letrinhas em cadernos de escrita confusa apenas reservados a alguns que se interessam por elas, que as leis são as regras do jogo que jogamos todo dia. Regras do país onde nascemos ou escolhemos para viver. Que importam, e que devem ser honradas e respeitadas. E que devem ser claras, e que devem ser justas e que não podem ser manipuladas.

Nem eu, nem os meus restaurantes aderimos a greve, por vários motivos, o principal, porque na minha formação como cozinheira aprendi que o nosso trabalho é o de prestar serviço, por isso abrimos todos os dias do ano. É uma característica da minha profissão e paixão. Sou cozinheira. Sirvo comida. Meu restaurante sempre abre. Sempre foi assim, desde o começo da minha formação.

Foi uma decisão minha e do meu sócio fecharmos as nossas casas neste dia para evitar transtornos que os nossos funcionários poderiam passar pela falta de transporte. Isso não quer dizer aderir à greve. Se os nossos funcionários decidem ou não aderir a greve, é um direito deles.

Se eu sou ou não a favor da greve? Bom, como várias pessoas falaram, pouco importa o que eu acho. O que sou e sempre serei é a favor da liberdade, de todas as suas formas, e a única forma de liberdade que conheço é aquela que acontece quando existe uma ordem clara, quando existe a lei e a mesma é respeitada, para todos por igual, independente da cor, do credo ou do partido político do momento."

Leia também: Em leilão de gala, Paulo Gustavo dispara: 'Greve? Não tô sabendo!'

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