Todo final de episódio de "Sexo e as Negas", as quatro protagonistas, Tilde, Lia, Zulma e Soraia, se transformam em um conjunto de cantoras: "As Marvelettes". Os clipes apresentados nos dois primeiros episódios foram assunto nas redes sociais. As meninas são cantoras, atrizes de musicais e estão dando conta do recado. Karin Hils é ex-integrante do Rouge, banda que foi formada no SBT, no programa "Popstar".

Porém, o maior trabalho é o corporal executado pela expert Fernanda Chamma. Para "As Marvelettes", Fernanda tem total liberdade de criação. "Eu amo ser dirigida pelo Miguel e pela Cininha. Eles me desafiam, me dão total liberdade. Eu procuro pesquisar muito pra sempre estar agradando à eles e estar agregando ao trabalho", explica a coreógrafa em conversa exclusiva com a BANG Showbiz.

O processo de criação é em conjunto. Todos os clipes têm link com o assunto de cada episódio. No primeiro foi "mobilidade", a música "Acelera". Depois se falou em "cabelo", e o clipe foi total "black power". Inclusive, as atrizes se apresentaram ao vivo para os jornalistas no lançamento da série. "Se discute muito. A gente dá sugestões do formato. Durante o processo eu vou criando também. Eu tenho um trabalho coreográfico que eu crio junto com o elenco que eu tenho. Eu não sou rígida, eu crio de acordo com a pessoa, com o momento, com o dia", explica.

Será que ter nas mãos quatro profissionais da música facilita o processo? Fernanda acredita que isso é mais um desafio. "Elas quatro são de teatro/musical. Mas trabalhar com as quatro juntas é um desafio, porque cada uma veio de uma formação. E eu também estou procurando fazer uma coisa diferente", pondera.

Pra quem pensa que estar numa série de comédia assinada por Miguel Falabella é muito tranquilo, está completamente enganado. O trabalho de Fernanda Chamas com o elenco é vigoroso, exige disciplina. E como alguns lutadores de MMA e esportistas em geral dizem: tem que ter sangue, suor e lágrimas. "O negócio é super sério, elas estão se matando, são super dedicadas. São de seis a oito horas por dia ensaiando, gravamos no sábado. É um outro ritmo, diferente do teatro. Às vezes o palco gira, tem câmeras por todos os lados, às vezes estamos numa laje em Cordovil com uma câmera 360 graus. E elas não reclamam. Algumas vezes eu vejo uma lágrima escorrendo mas você não sabe se é lágrima ou se é suor. Tá incrível. Não tem dia de folga. Elas levam a lição de casa", comenta.

"É um presente que eu ganhei do Miguel, que a Cininha me deu e eu estou muito feliz. Espero que façam muito sucesso", finaliza a coreógrafa.