O estupro praticado pelo agricultor Raimundo de Almeida, de 49 anos, contra as cinco filhas de 5, 6, 10, 12 e 14 anos, no interior do Amapá, sob o argumento de que “era rapidinho, não fazia nada”, remete a diversos outros casos recentes de estupros ocorridos com participação ou anuência de pais e mães.

No início do mês, um homem de 43 anos chegou em casa, em Praia Grande, litoral de São Paulo, mostrou uma revista pornográfica à filha, de 10, e em seguida estuprou-a. À polícia, justificou dizendo que estava sob efeito de álcool e lidando com problemas financeiros.

Em outubro, um homem foi preso por suspeita de estuprar a filha de 10 anos com a anuência da mãe, que vai responder por omissão. No momento da prisão, os envolvidos preparavam-se para fugir em um caminhão de mudança estacionado em frente à casa deles.

No Ceará, uma adolescente de 14 anos divulgou, via WhatsApp, uma conversa entre a mãe e o amante, na qual o homem pede o consentimento da mulher para fazer sexo com a jovem e a irmã dela, de 6 anos. Detalhe: o homem é policial militar. No diálogo, ele fala em “prova de amor” para tentar convencer a mãe a permitir o crime. “Hoje à noite você terá a chance de me dar a maior prova de amor do mundo, que é sua própria filha”, escreveu.

Dados do anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelam que o Brasil teve ao menos 47.646 estupros no ano passado, o equivalente a um caso a cada 11 minutos.