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Situação segue tensa após nova rebelião em presídio de Alcaçuz

Presos estão com paus, pedras e facas. "A situação é muito tensa", disse o major Wellington Camilo, do Comando da Guarda Penitenciária

Situação segue tensa após nova 
rebelião em presídio de Alcaçuz
Notícias ao Minuto Brasil

18:41 - 17/01/17 por Noticias ao Minuto

Justiça Detentos

"A situação é muito tensa em Alcaçuz". A informação é da Guarda Penitenciária. Do lado de fora da unidade prisional, localizada em Natal, no Rio Grande do Norte, a Força Nacional e a Polícia Militar montam guarda para impedir fugas desde o início da tarde desta terça-feira (17). Uma escavadeira foi levada ao local para buscar corpos, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social.

Dentro de Alcaçuz, há barricadas, montadas pelas facções Sindicato do Crime e Primeiro Comando da Capital (PCC). A nova confusão começou por volta das 11h55, quando tiros foram disparados. Cerca de uma hora depois, cinco detentos feridos foram levados para a área administrativa do presídio. No início da tarde, por volta das 14h30, uma ambulância transferiu os feridos para o Hospital Walfredo Gurgel.

Segundo o G1, as facções demarcaram os pavilhões, com grades, chapas de ferro, armários e colchões. O Sindicato está com o lado esquerdo da unidade, perto do pavilhão 4, e o PCC com o direito. Segundo o Estadão, o vídeo de um policial contabiliza 400 detentos do lado do Sindicato e outros 600 do PCC.

De acordo com a Sejuc, os presos que voltaram ao telhado do pavilhão onde funciona o setor médico não estão participando do motim que começou no sábado (14) e deixou pelo menos 26 mortos. A permanência do grupo no telhado seria uma forma de eles se protegerem dos internos rebelados na Penitenciária Rogério Coutinho Madruga, que muitos chamam de pavilhão 5, onde estariam detidos criminosos que afirmam pertencer ao PCC.

Desde o último fim de semana, os presos já ocuparam os telhados da unidade pelo menos três vezes. A primeira, no fim de semana, quando a rebelião começou e grupos rivais passaram a se hostilizar cada qual sob o telhado de um pavilhão. A segunda ocupação ocorreu na manhã dessa segunda-feira (16), depois que as forças policiais deixaram o interior da unidade.

O Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope) foi acionado e voltou à área no início da tarde de ontem. Pouco depois, os presos desceram do telhado. De acordo com a Sejuc, após uma noite sem registro de novas ocorrências, um grupo de presos voltou a subir ao telhado pela terceira vez.

Mesmo com a presença de tropas policiais especiais no interior da penitenciária, a volta da situação à normalidade é demorada, pois o processo de retomada das dependências segue protocolos de segurança rígidos e os policiais avançam pouco a pouco.

Ontem à tarde, cinco suspeitos de comandar a rebelião na penitenciária foram transferidos para a Divisão de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), também em Natal. Eles já foram ouvidos e serão transferidos em breve para outros estabelecimentos prisionais. No Twitter, o governador Robinson Faria adiantou que os “cinco chefes de facções retirados de Alcaçuz serão levados para presídios federais”.

Faria se reuniu hoje de manhã, em Brasília, com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, a quem pediu o empréstimo de um avião federal para transportar os presos para as unidades federais, um helicóptero para reforçar o policiamento ostensivo e a ampliação do efetivo da Força Nacional de Segurança Pública.

Soldados da Força Nacional estão no estado desde setembro do ano passado. O pedido de apoio foi motivado pelo agravamento da situação da segurança pública. Em março de 2015, o governo potiguar decretou estado de calamidade pública no sistema penitenciário. Em julho de 2016, grupos criminosos passaram a organizar uma série de ataques a ônibus e prédios públicos. Com informações da Agência Brasil.

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