Dezenas de moradores homenagearam Bernardo, neste primeiro dia de julgamento, com camisetas brancas, estampadas com o resto do menino.

Para evitar incidentes, o local esteve cercado com reforço pessoal, bloqueio de vias no entorno e restrição à imprensa.

Presentes estiveram apenas 2 dos 4 réus suspeitos de estarem envolvidos na morte do menino, a assistente social e o seu irmão. O pai, Leandro Boldrini, e a madrasta, Graciele Ugulini, pediram dispensa.

Quatro testemunhas, incluindo a delegada Caroline Bamberg que mostrou os vídeos e falou cerca de 5 horas, foram ouvidas pelo juiz Marcos Luís Agostini.

Num dos vídeos divulgados pela polícia, a madrasta da criança lhe disse: “Vamos ver quem vai para baixo da terra primeiro”. Enquanto o menino gritava e pedia socorro, o pai o mandava calar: "Cala a boca, guri de mer.., cagão".

“É muito chocante e com certeza um elemento importante para um futuro Tribunal do Júri. Os gritos do Bernardo são de pavor, de pânico”, disse a delegada que passou o vídeo.

Nas imagens foi também possível revelar que Bernardo era dopado pelo pai e escutava ofensas sobre a mãe, morta em 2010 supostamente por homicídio. Os outros dois réus, os irmãos estiveram presentes na audiência durante todos os depoimentos, de cabeça baixa.

As 22 testemunhas de defesa foram dispensadas e serão convocadas novamente, apesar de não haver uma data marcada.

No dia 8 de setembro, serão ouvidas na segunda audiência, as sete testemunhas de acusação.