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MH17: Conheça as principais conclusões do relatório

Foi divulgado hoje (13) um documento com as conclusões do inquérito internacional conduzido pela Holanda

MH17: Conheça as principais conclusões do relatório
Notícias ao Minuto Brasil

16:41 - 13/10/15 por Notícias ao Minuto Brasil

Mundo Malaysia Airlines

Foi divulgado hoje (13) um relatório com as conclusões do inquérito internacional conduzido pela Holanda sobre as causas da queda do voo MH17, abatido a 17 de julho de 2014 com 298 pessoas a bordo quando sobrevoava o leste da Ucrânia. Veja as principais.

- O Boeing 777 da Malaysia Airlines foi abatido por uma ogiva de tipo 9N314M lançada por um sistema de mísseis terra-ar de tipo BUK, de fabricação russa. O míssil deslocava-se a uma velocidade de cerca de 700 metros por segundo.

- A ogiva explodiu às 13h20 TMG perto da parte superior esquerda do 'cockpit', projetando centenas de fragmentos contra o aparelho, que voava a uma altitude de cerca de 10.000 metros.

- O tipo de míssil utilizado foi identificado graças aos registros sonoros da detonação, ao seu impacto na fuselagem e à forma característica, quadrada ou "nó de borboleta", dos fragmentos encontrados.

- Após a explosão, o 'cockpit' foi "quase instantaneamente" separado do resto da fuselagem. O piloto, o copiloto e um membro da tripulação que se encontrava no 'cockpit' tiveram morte imediata.

- O resto do aparelho continuou a avançar, cerca de 8,5 quilômetros, antes de se despencar. A cauda caiu no solo antes da parte central da fuselagem. Esta continuou a avançar um pouco mais e incendiou-se assim que bateu no chão.

- É impossível determinar quantos passageiros estavam já mortos no momento do impacto com o solo. O relatório não pode, por outro lado, excluir que alguns passageiros estivessem, em algum momento, conscientes durante a queda do aparelho. Segundo o Conselho de Segurança Holandês (OVV), é todavia "provável" que os passageiros estivessem "dificilmente em condições de compreender a situação em que se encontravam".

- O inquérito não designou quem lançou o míssil. O OVV delimitou uma zona de 320 quilômetros quadrados da qual ele poderia ter sido disparado. No entanto, não determinou quem, os rebeldes pró-russos ou as forças governamentais ucranianas, controlava as diversas partes dessa zona.

- A Ucrânia deveria ter encerrado o espaço aéreo sobre o leste do país por causa do conflito aí em curso. Dois aviões militares ucranianos tinham sido abatidos em 14 e 16 de julho graças a sistemas capazes de atingir a altitude de voo dos aviões comerciais. Em 17 de julho, dia da queda do voo MH17, 160 aviões comerciais sobrevoaram o leste da Ucrânia.

- O relatório recomenda à Organização da Aviação Civil Internacional e à Associação Internacional de Transportes Aéreos que mudem as suas regras para que decisões adequadas sejam tomadas para o encerramento de espaços aéreos. Encoraja, ainda, a partilha de informações e que a aviação civil seja tida em conta nas avaliações sobre a segurança dos espaços aéreos, bem como a clarificação de algumas responsabilidades que cabem aos Estados.

- O relatório recomenda às companhias aéreas que realizem as suas próprias avaliações de segurança relativamente a espaços aéreos arriscados.

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