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Morreu durante explosão em Madrid. Estava no telefone com a namorada

O corpo de Stefko continua no Instituto de Medicina Legal de Madrid porque a mulher não tem como provar que era sua companheira há cerca de três anos

Morreu durante explosão em Madrid. Estava no telefone com a namorada
Notícias ao Minuto Brasil

13:04 - 29/01/21 por NMBR

Mundo Explosão

Stefko Inanov Kocev é uma das quatro vítimas mortais da explosão de gás que provocou o desmoronamento de um edifício no centro de Madrid, na Espanha, na semana passada.

De acordo com o El País, o búlgaro, de origem humilde, prestes a completar 47 anos, 20 dos quais na Espanha, falava ao telefone com a namorada quando se deu a explosão.

Combinavam o jantar, depois de Mariana Kirilova, também búlgara, de 46 anos, ter entregue uns papéis na Segurança Social, para ver se a vida melhorava.

Aflita com o estrondo e depois de ter perdido a ligação com Stefko, Mariana tentou retornar as chamadas incessantemente. Foram 11 vezes que tentou entrar em contato com o companheiro antes de seguir para casa, na esperança de o encontrar.

Sem luz, aquecimento, televisão ou internet, no escuro apartamento que não é pago há um ano, as horas passaram sem que Stefko chegasse.

Enquanto a Espanha e o mundo ficavam a saber que uma explosão em Madrid tinha matado quatro pessoas, entre as quais um padre, Mariana adormeceu chorando sem saber o que tinha acontecido ao companheiro.

Só na manhã seguinte, quando saiu à rua para pedir dinheiro, como fazia há cerca de um ano, é que dois polícias à civil a abordaram para revelar o que tinha acontecido.

Ao jornal espanhol, Mariana conta que apesar do choque recusou receber ajuda psicológica.

Passaram nove dias. O corpo de Stefko continua no Instituto de Medicina Legal de Madrid porque a mulher não tem como provar que era sua companheira há cerca de três anos.

Depois de várias tentativas frustradas, os amigos do búlgaro conseguiram entrar em contato com a mãe, uma senhora de 64 anos, que ficou viúva pela segunda vez há 40 dias. A mulher vai agora fazer uma viagem de autocarro de 72 horas para conseguir enterrar o filho.

Conta o El País que tanto o enterro como a viagem serão pagas pelos amigos do imigrante, visto que a família não tem dinheiro para suportar estas despesas.

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