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OTAN alerta para ação russa e quer diálogo para evitar "nova Guerra Fria"

"Não procuramos a confrontação com a Rússia, não queremos uma nova Guerra Fria, queremos precisamente evitá-la", disseJens Stoltenberg, secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN)

OTAN alerta para ação russa e quer diálogo para evitar "nova Guerra Fria"
Notícias ao Minuto Brasil

13:14 - 09/02/16 por Notícias Ao Minuto

Mundo Jens Stoltenberg

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) lamentou hoje as ações militares russas na Síria e defendeu a continuidade do diálogo com Moscou, "o maior vizinho da Aliança" Atlântica, para evitar "nova Guerra Fria".

"Não há contradição entre uma Defesa forte e o diálogo político. Acredito no oposto - desde que sejamos firmes, previsíveis e fortes, podemos encetar o diálogo político com a Rússia. Não procuramos a confrontação com a Rússia, não queremos uma nova Guerra Fria, queremos precisamente evitá-la", disse o norueguês Jens Stoltenberg, em Bruxelas, na antecipação da cimeira de ministros da Defesa da OTAN.

Segundo aquele responsável, a atitude da OTAN "é proporcional e defensiva", pretendendo "uma relação mais construtiva e cooperante com a Rússia", com a manutenção de "reuniões e contatos a vários níveis até para evitar incidentes e acidentes como a queda do avião russo que violou espaço aéreo turco recentemente". Stoltenberg admitiu para breve novo encontro do Conselho OTAN-Rússia.

"Estamos ponderando ativamente o pedido dos Estados Unidos de aviões AWACS (os Boeing E-3 com radares para detetar aeronaves e mísseis inimigos a baixa altitude) para apoiar as capacidades de cada país. Espero que possamos tratar disto na reunião ministerial", adiantou, acrescentando reforços previstos no policiamento aéreo e presença naval no Báltico.

Segundo Stoltenberg, apesar de todos os países membros da OTAN fazerem parte da coligação anti grupo extremista Estado Islâmico (EI), "a OTAN, como aliança, não faz parte".

"Providenciamos apoios porque aumentamos a capacidade numa dada região, por exemplo na Jordânia. Trata-se de dar capacidade aos locais para poderem combater o EI e o terrorismo, uma melhor solução do que empregar forças exteriores à região", defendeu, citando exemplos de formação e treino pela OTAN de militares iraquianos ou afegãos, "soluções mais sustentáveis".

Relativamente à situação na Síria, "a OTAN apoia fortemente todos os esforços para acabar com o sofrimento, alcançar um cessar-fogo e começar uma transição política".

"Os intensos ataques aéreos russos, maioritariamente contra forças da oposição, estão a minar os esforços para encontrar uma solução política. É uma grande preocupação. Temos visto o sofrimento horrível, todas as mortes, a violência, ao longo de anos e isto tem de acabar. É preciso um cessar-fogo", afirmou o secretário-geral da OTAN, lembrando a resolução de dezembro da Conselho de Segurança das Nações Unidas, apelando ao fim do ataque a alvos civis, os quais, considerou, "têm impedido que as partes se reúnam à volta da mesa para uma solução pacífica".

Stoltenberg, além de ter se referido às movimentações russas que beneficiarão o regime de Bashar al-Assad, na Síria, não deixou ainda de criticar a "vontade de exercer, mas também de usar força militar sobre os vizinhos e de mudar fronteiras na Europa" por parte de Moscou, recordando os casos da Ucrânia e da Geórgia.

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