Aos 94 anos, Reinhold Hanning, ex-oficial do esquadrão de defesa nazista SS, disse se arrepender de ter feito parte da organização responsável pela morte de milhões de pessoas na Segunda Guerra mundial. A poucos dias da data que marca o dia da rendição alemã, que completa 71 anos na próxima semana, Hanning disse sentir vergonha “por ter deixado uma injustiça acontecer conscientemente” e de não ter agido para que a injustiça fosse evitada. Hoje em uma cadeira de rodas, o ex-oficial

é acusado de cumplicidade no assassinato de pelo menos 170 mil pessoas. Ele era lotado em Auschwitz, na Polônia.

Como informa o New York Times, o advogado de Hanning, durante julgamento na corte de Durtmold, na Alemanha, disse que seu cliente nunca quis entrar para a SS e que apenas seguiu um pedido de sua madrasta.

Uma das sobreviventes presentes no julgamento, Angela Orosz, de 71 anos, que era uma recém-nascida quando passou pelo Campo de Concentração de Auschwitz, disse que por pessoas como Hanning o massacre foi possível.

Uma das funções do ex-guarda era atirar, do alto de uma torre, em prisioneiros que tentavam escapar.