O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, deu uma entrevista ao jornal 'Folha de S. Paulo', a primeira depois de anunciar uma "dieta" drástica nos investimentos. Bendine disse que não pode descartar um aumento no preço da gasolina ainda em 2015.

"Não dá para garantir que não haverá", disse ele à Folha, mas também afirmou que não enxerga necessidade dessa alta acontecer agora.

Bendini assumiu o comando da petroleira em fevereiro e, desde então, conseguiu algumas vitórias. Entre elas, aprovou o balanço da empresa e reviu o plano de negócios dentro de parâmetros tidos como mais realistas pelo mercado.

Entretanto, a 'Folha' destava que ainda existem dúvidas quando à interferência do Palácio do Planalto em reajustes nas bombas de combustíveis. Bendine rebate e diz: "Não nos sujeitamos nem a um [mercado] nem a outro [governo]."

Ele ainda prometeu preservar os ativos do pré-sal da lista de projetos à venda. Apensar de se mostrar contra o sistema de partilha, o executivo sinalizou que como dar a preferência no lugar de obrigar a Petrobras a ser a operadora única dos campos licitados pode ser um caminho.

Bendini foi criticado pela sua antecessora, Graça Foster, que disse que ele não tem familiaridade com o setor de óleo e gás. Ele é direto ao dizer: "E você acha que o problema da Petrobras é de petróleo?".