O médico Leandro Boldrini e a enfermeira Graciele Boldrini, suspeitos da morte de Bernardo, de 11 anos, foram numa festa, no Noroeste do Rio Grande do Sul, antes de registrarem o desaparecimento do menino na delegacia.

Segundo a R7, o pai e a madrasta de Bernardo gastaram R$ 1.000 entre convites e bebidas, principalmente espumantes na balada de música eletrônica, conhecida como ‘The Night Black’.

Segundo um dos produtores da festa em entrevista à Globo, o comportamento do pai da criança era normal.

"Ele passou a maior parte do tempo em um camarote tomando vodka. Estava feliz”, contou o produtor Flavio Schwede.

Um empresário paciente de Leandro, Edgar Dreher, contou que ele o abordou sobre o desaparecimento do filho mas com uma atitude de muita tranquilidade.

“Ele me perguntou se eu havia visto o filho dele. Eu disse que não. Mas na hora entendi que o garoto tinha se perdido na praça. Aí ele me explicou: ‘Não, ele foi na casa de um amigo na sexta, fui lá e ele não estava’. Falou com muita tranquilidade. Tudo aquilo me espantou”, disse o empresário.

De acordo com o atestado de óbito, o menino foi morto no dia 4 de abril, sexta-feira.

Na noite seguinte, sábado, o casal terá ido na festa. No domingo, o pai registrou a ocorrência do desaparecimento do filho. O corpo foi encontrado 10 dias após, no dia 14, em um matagal de Frederico Westphalen.

O pai, a madrasta e uma amiga do casal estão presos temporariamente, por suspeita de participação no crime. Apesar da informação correr em segredo de Justiça, a responsável pela investigação, a delegada Caroline Virginia Bamberg, afirmou ter a certeza do envolvimento dos três no sumiço do menino.

"Precisamos identificar o que cada um fez para a condenação", disse ela.

O corpo de Bernardo foi sepultado na manhã de ontem, no Cemitério Municipal de Santa Maria, na Região Central do estado, no mesmo jazigo onde a mãe dele se encontra sepultada.