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"Para Abdelmassih, vítimas não tinham rostos"

Cinco das mulheres vítimas de estupro pelo médico Roger Abdelmassih foram até ao Aeroporto de Congonhas enfrentar o seu agressor, enquanto ele chegava, para acompanhar a sua prisão. Ele foi apanhado no Paraguai e transportado para o Brasil nessa quarta-feira (20).

"Para Abdelmassih, vítimas não tinham rostos"
Notícias ao Minuto Brasil

08:15 - 21/08/14 por Notícias ao Minuto Brasil

Brasil Testemunhos

As cinco mulheres que falaram pelas 56 vítimas de estupro e abuso sexual do médico de 72 anos fizeram questão de esperar a chegada de Roger Abdelmassih no Aeroporto de Congonhas para enfrentar o seu agressor. Junto da imprensa, elas relataram as agressões sofridas às mãos de Abdelmassih.

“Eu estava acordada quando ele me agarrou e me beijou. Eu vi, senti. Depois ele disse, no julgamento, que nós o denunciávamos éramos mulheres frustradas, porque não tivemos filhos. Eu tive gêmeos. Ele disse que as vítimas dele não tinham rosto. Viemos aqui para mostrar para ele que temos, sim”, afirmou Helena Liardini, dona de casa de 45 anos. “A gente se juntou e conseguiu prender esse safado”, terminou dizendo a vítima.

O ex-médico de 72 anos era perito em fertilidade e aproveita a fragilidade de mulheres que queriam, mas não conseguiam, engravidar. Na chegada ao aeroporto, as cinco mulheres esperavam a sua chegada, entre jornalistas e dezenas de pessoas que gritaram “monstro” e “vagabundo” quando o viram, conta o Estadão.

“Esse monstro implantou meu embrião em outras mulheres. Disse que não daria um filho para mim porque meu marido não me amava. Abortei com quatro meses, sozinha, em casa, sem aparo médico, porque ele não me deixou ir ao médico. Depois, mandou que eu guardasse o feto na geladaria, porque queria analisar”, contou Silvia Franco. “Eu quis vir aqui para mostrar para ele que a gente tem coragem. Coragem de ir até ao fim, para que ele vá à Justiça”, afirmou a artista plástica.

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