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Rui diz não ver risco para governo Dilma com abertura de ação no TSE

Segundo o dirigente, o governo vai entrar com medidas jurídicas para defender as contas da campanha. "Estão mexendo com coisas já julgadas", argumentou

Rui diz não ver risco para governo Dilma com abertura de ação no TSE
Notícias ao Minuto Brasil

22:33 - 27/08/15 por Notícias ao Minuto Brasil

Política Opinião

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse não ver risco para o mandato da presidente Dilma Rousseff pelo fato de a maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral ter aceito recurso do PSDB para investigar a campanha de Dilma e do vice Michel Temer (PMDB).

A ação pede a cassação de mandato. O dirigente petista também não vê risco maior para a presidente na iniciativa do ministro Gilmar Mendes de pedir investigação de uma das empresas fornecedoras da campanha. "Acho que é mais fogo de artifício do que base real para qualquer contestação da eleição de Dilma", disse Falcão. Segundo o dirigente, o governo vai entrar com medidas jurídicas para defender as contas da campanha. "Estão mexendo com coisas já julgadas", argumentou.

Falcão participou, nesta quinta-feira, 27, de um seminário em que lideranças petistas discutem organização partidária e rumos para a legenda. Ele relatou ter feito uma palestra aos presentes em que fez uma leitura da conjuntura atual. Para Falcão, há a prevalência na oposição hoje da teoria de enfraquecer Dilma até o fim do mandato, mas a opção de derrubá-la perdeu força.

"Aparentemente há uma tática de mantê-la sob fogo cerrado para enfraquecê-la, porque não interessa um clima de conturbação que, no período de crise econômica, é pior ainda", disse ao lembrar o apoio recente à legitimidade do mandato e à estabilidade política feito por empresários de renome, como Abilio Diniz e Roberto Setubal. "Quando junta crise econômica com crise política, todos saem perdendo", completou.

Rui Falcão disse não ver hoje uma unidade interna no PMDB, nem no PSDB e menos ainda entre os dois partidos. "Não que o PMDB tenha interesse nisso (impeachment), mas sem um bloco de forças coerente com a ideia do afastamento da Dilma, isso não ocorrerá."

Sobre a aproximação do vice-presidente Michel Temer com empresários, depois de Dilma ter recebido empresários na terça-feira, 25, Falcão avaliou como algo normal e sem qualquer sinalização de uma tentativa de Temer viabilizar eventual governo. "Não é pra botar o Temer como alternativa, tenho certeza que não. O Temer não se propõe a isso", afirmou. Nesta noite, Michel Temer participa de um jantar organizado por Paulo Skaf, na Fiesp. Falcão afirmou que, até o momento, Temer só tem "dado provas no sentido contrário", não de prejudicar, mas de auxiliar o governo. Para Falcão, não há qualquer clima de intriga ou de acordo entre PSDB e PMDB para afastar a presidente. "É só da mídia monopolizada e dos partidos que fazem oposição aberta à gente."

Possível ruptura

Falcão desconversou sobre a possibilidade crescente de o PMDB decidir romper com o governo e entregar ministérios, em congresso da legenda marcado para novembro. "Não sei se também eles vão romper com o governo talvez resolvam ter uma posição de autonomia pensando na eventual candidatura em 2018, que é o que alguns líderes do PMDB têm dito", avaliou. Com informações do Estadão Conteúdo.

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