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Lula se diz alvo de perseguição por conta de relatório de delegado

O petista considera que essa seja uma tentativa de atingi-lo politicamente, já que não existem provas de seu envolvimento direto no desvio de recursos da Petrobras

Lula se diz alvo de perseguição por conta de relatório de delegado
Notícias ao Minuto Brasil

04:03 - 15/09/15 por Notícias ao Minuto Brasil

Política Ex-presidente

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reclamou

do delegado federal

Josélio

Azevedo de Sousa,

nesta segunda-feira (14). Isso porque, segundo reportagem da Folha de S. Paulo, ele

solicitou que o petista

fosse ouvido no

inquérito que trata de parlamentares com foro privilegiado como desdobramento da Operação Lava Jato.

O jornal apurou que

Lula conversou com aliados e disse que considera que essa seja

uma tentativa de atingi-lo politicamente, já que

o próprio delegado reconhece no

relatório que não existem

provas de seu envolvimento direto no desvio de recursos da Petrobras.

O ex-presidente chegou de

viagens ao Paraguai e à Argentina e, de acordo com os seus interlocutores

afirmou que o pedido será usado como munição da oposição. Ele também

reclamou de excessos cometidos por delegados da

Polícia Federal sob a condução do ministro José Eduardo Cardozo.

Ainda de acordo com a apuração do jornal, o deputado Wadih

Damous

(PT-RJ), um dos principais interlocutores de Lula,

considerou a

medida como sendo "despropositada".

Damous

disse ainda que o pedido "foi criado para beneficiar a oposição".

"Não conversei com Lula, mas se ele não pensasse assim eu discordaria dele. Estou preocupado com essa partidarização da PF", revelou à Folha.

O pedido ainda tem que ser

analisado pela Procuradoria-Geral da República e, pelas regras em vigor no STF, os pedidos da PF só são avaliados pelo ministro relator dos casos da Lava Jato,

Teori

Zavascki, depois de uma manifestação formal do procurador-geral da República, Rodrigo

Janot.

Isso significa que, caso

Janot

for contrário à ideia,

o ministro do STF não

irá ouvir Lula.

No

relatório em questão, o delegado reconhece que não há provas do envolvimento direto de Lula. No entanto,

considera que a investigação "não pode se furtar à luz da apuração dos fatos" se o ex-presidente foi ou não beneficiado "pelo esquema em curso na Petrobras", "obtendo vantagens para si, para seu partido, o PT, ou mesmo para seu governo, com a manutenção de uma base de apoio partidário sustentada à custa de negócios ilícitos na referida estatal".

O delegado ainda reconheceu que o doleiro Alberto

Youssef

e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa apenas "presumem que o ex-presidente da República tivesse conhecimento do esquema de corrupção", tendo em vista "as características e a dimensão do mesmo".

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