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Denunciada, filha de Roberto Jefferson ganha cargo na liderança do PTB na Assembleia de SP

Denunciada, filha de Roberto Jefferson ganha cargo na liderança do PTB na Assembleia de SP

Denunciada, filha de Roberto Jefferson ganha cargo na liderança do PTB na Assembleia de SP
Notícias ao Minuto Brasil

08:53 - 21/01/21 por Folhapress

Política CRISTIANE-BRASIL

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A ex-deputada Cristiane Brasil (PTB), que chegou a ser presa em setembro do ano passado acusada de desvio de verba pública, foi nomeada nesta quarta-feira (20) para exercer o cargo de assistente parlamentar na liderança do PTB na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Brasil afirma que é alvo de injustiça e diz estar animada com o novo cargo. ​"A cada dia eu tenho uma vitória, porque eu sou inocente. A prisão foi um absurdo na minha vida. Eu vou ser inocentada em breve, e aí a gente vai dar um tapa da cara na sociedade", declarou à reportagem.

A filha de Roberto Jefferson, presidente do PTB que foi o delator do mensalão e agora converteu-se ao bolsonarismo, vai atuar junto ao líder do partido na Casa, o deputado estadual Douglas Garcia -que é o único deputado da sigla na Assembleia.

Procurado pela reportagem, o deputado diz que a nomeação ocorreu em comum acordo entre ele e a cúpula do PTB. Brasil afirmou que foi convidada por Garcia para o cargo.

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Conservador e parte da tropa de choque de Bolsonaro em São Paulo, Garcia entrou no PTB após ter sido expulso do PSL pela ala do partido contrária ao presidente. A movimentação provocou a saída do deputado estadual Campos Machado do PTB após 30 anos de partido -ele foi para o Avante.

Garcia é alvo de investigação do Supremo Tribunal Federal no inquérito sobre fake news.

Segundo a tabela de vencimentos da Assembleia, o cargo comissionado de "assistente parlamentar VII", para o qual Brasil foi nomeada, tem salário bruto de R$ 8.138,53.

Garcia afirma que ela atuará na articulação política, por conhecer melhor o PTB e ter mais experiência que ele, deputado de primeiro mandato.

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"Ela vai me auxiliar a dialogar e fazer o trabalho político com prefeitos e vereadores do PTB em São Paulo. Ela conhece o PTB, e eu nunca pensei que fosse me tornar líder do partido. Ela vai me ajudar a construir e fortalecer o partido", diz.

"É o que eu sei fazer de melhor, o relacionamento com os prefeitos, dar assistência técnica, assessoria a eles", diz Brasil.

A ex-deputada afirmou que, após a prisão, desistiu de seguir na vida política como candidata. "​A política tem várias facetas. Eu não quero mais me candidatar, mas fazer o trabalho de bastidores como dirigente partidária. A prisão foi um balde de água fria com relação à política, não me sinto protegida pelo estado", diz. ​

Brasil, que é do Rio de Janeiro, já estava de mudança para São Paulo. A ex-deputada iria concorrer à Prefeitura do Rio no ano passado, mas foi presa durante o período eleitoral, no dia 11 de setembro. Em 15 de outubro, a Justiça lhe deu liberdade.

O Ministério Público do Rio a acusa de participar de um esquema de desvio de verba em contratos de assistência social entre 2013 e 2017, quando ela ocupou secretarias na Prefeitura do Rio.

Segundo as investigações, a ex-deputada recebia propina de 5% a 25% do valor dos contratos. Brasil afirma que as acusações são baseadas na palavra de um delator e que não há provas.

Garcia afirma que a prisão de Brasil não é um problema. "Quando não existe uma condenação de fato, é irrelevante", diz.

A ex-deputada afirmou ainda que passa por dificuldades financeiras e contraiu dívidas. "Voltando a trabalhar, vou colocar a vida ordem com dignidade​", diz. ​

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