Família Lula será investigada por privilégio sobre negócio com triplex
O Ministério Público de São Paulo vai apurar se o ex-presidente teria se beneficiado
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Política Construtora
O Ministério Público de São Paulo está realizando uma
investigação para averiguar
se a família do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva teve privilégios ao
decidir se ficaria com um apartamento
triplex
no Guarujá. Imagens divulgadas no
'Jornal Nacional' revelam o elevador italiano privativo de R$ 62,5 mil que foi instalado na reforma do imóvel. De acordo com o G1, as obras foram bancadas
pela construtora OAS
e representaram um gasto de
R$ 800 mil.
Marcos Sérgio
Miggliaccio,
conselheiro da Associação de Vítimas da
Bancoop,
afirmou que, em 2009,
os donos de cotas no empreendimento precisaram
decidir se continuariam ou desistiriam do negócio. Esse foi o período em que a
construção dos imóveis da
Bancoop
foi assumida pela Construtora OAS. Nesse contexto, a família de
Lula
teria sido privilegiada. Os donos teriam duas opções: continuar ou desistir. A decisão deveria ser comunicada no mesmo ano.
“A pessoa teria que tomar um dos dois caminhos. Não existia um terceiro caminho para ninguém. Não foi criada uma terceira opção que daqui cinco anos você poderia decidir, daqui cinco anos você poderia resgatar o que pagou. Isso era uma impossibilidade". explica o conselheiro.
“O que foi dado ao casal Lula em questão, pode-se dizer que foi um privilégio, uma opção dada a eles e nunca a nenhum cooperado”, continuou.
“Nenhum cooperado
Bancoop
teve esse privilégio e digo mais, (em outro empreendimento) no Butantã, a OAS moveu ações para retomar o lugar de pessoas que não decidiram".
Procurada pela reportagem, a
assessoria do ex-presidente Lula nega que o
triplex
tenha pertencido à família. Além disso,
a ex-primeira-dama Marisa Letícia tinha apenas a reserva de um apartamento padrão no prédio. Na nota divulgada, o
Instituto Lula afirma que, mesmo não tendo aderido ao novo contrato, a família manteve o direito de solicitar a qualquer tempo o resgate da cota de participação.
A construtora OAS não quis comentar.