Senadores questionam há mais de 3 horas defesa de Dilma Rousseff
Cardozo insiste na tese de que, caso o impedimento seja consumado, o país estará diante de uma "ruptura institucional"
© Agência Brasil
Política Impeachment
O ministro
da Advocacia-Geral da União,
José Eduardo Cardozo,
falou
à comissão especial do impeachment da presidente Dilma
Rousseff
no Senado,
nesta
sexta-feira (29), afirmando que o processo é nulo.
Cardozo
ainda
insistiu
na tese de que, caso o impedimento seja consumado, o país estará diante de uma "ruptura
institucional".
Os senadores já questionam há mais de 3 horas os ministros que defendem o governo Dilma.
A
ministra Simone
Tebet
(PMDB-MS)
repudiou
a fala do advogado-geral da União, no momento em que
ele diz que o impeachment se trata de golpe.
Após a fala de
Tebet, quem tomou a palavra foi a
senadora Vanessa
Grazziotin
(PCdoB-AM) e disse que o que a comissão está fazendo nesta sexta é um "debate técnico",
o contrário do que ocorreu no dia anterior, em que os
"discursos políticos" prevaleceram.
Grazziotin
concorda com o que Cardozo disse anteriormente e reafirma que o Brasil está "diante de um golpe".
Lindbergh
Farias
inicia sua fala afirmando sua
"profunda
indignação". O parlamentar critica duramente o processo do impeachment que, para ele,
foi iniciado pelo "líder
de uma quadrilha parlamentar", se referindo ao presidente da
Câmara
dos
deputados,
Eduardo Cunha.
Ele garante que o
peemedebista
"manda em Michel Temer" e a denúncia contra a
petista
é "inapta".
O senador
diz que o
relator
da Comissão de Impeachment,
Antonio
Anastasia
(PSDB-MG), não cumpria as metas fiscais quando governou Minas Gerais.
Lindbergh
também chama de golpe o processo do impeachment.
Anastasia
se defende e
diz que não é o seu mandato de governador de MG que está em pauta na comissão. "Eu deixei o governo de Minas há mais de dois anos. Aliás, dizem que estão saudosos de mim por lá", rebateu o relator.