Ciro Gomes acredita em "milagre" para barrar impeachment
O ex-ministro fez críticas a mídia, chamou Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de “gângster” e falou sobre a candidatura à presidência em 2018
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Política Declaração
O
ex-ministro da Fazenda, Ciro Gomes (PDT), falou
à
revista
Fórum, no intervalo entre sua
entrevista coletiva e a palestra para estudantes da
PUC-SP,
ocorrido na quinta-feira (28). O político, que é um crítico ao governo Dilma, mas contra o impeachment, que caracteriza como "golpe", declarou que é preciso renovar a esquerda brasileira.
“Não acho razoável que o PT não faça pelo menos um
mea
culpa
e não ceda a oportunidade a outros quadros. Não precisa ser eu, mas é preciso renovar a política brasileira”, disse Ciro Gomes.
Pelo PDT, Ciro
já se lançou como
pré-candidato
à presidência em 2018, que, mesmo distante, foi impulsionada justamente pela
“ameaça” que passa a democracia do país.
“Eu aceitei a convocação do meu partido para assumir uma pré-candidatura por que nós consideramos que, neste momento, a democracia brasileira está sendo violentada, está sendo ameaçada na sua sanidade. Que a gente se organize, que a gente organize movimentos de opinião, referências, de gente que tenha algo a dar para a população. E eu tenho uma experiência e não me sinto autorizado a faltar ao Brasil nem ao nosso povo nesse momento”, explicou o ex-ministro.
Para o pré-candidato, a esquerda brasileira vai saber se renovar, pois seus valores são “universais e perenes”.
Mesmo sabendo que são grandes as chances do
Senado aprovar o processo de impeachment da presidenta Dilma
Rousseff, Ciro Gomes afirma acreditar
em um “milagre” para barrar o afastamento que. Para ele a possibilidade
viria da mobilização popular.
“Estou lutando para que esse tragédia [o impeachment] não aconteça. Evidentemente sou vivido, sou experiente, sei qual é a probabilidade hoje, mas acho que é possível que aconteça um milagre, e esse
milagre
é a mobilização popular. O povão, nosso povo mais pobre, não sabe ainda a tragédia que o ameaça. E se a gente conseguir, mesmo perfurando a interdição da grande
mídia, conseguir que nosso povo acorde, e perceba que o que está acontecendo é basicamente um assalto aos interesses da população mais pobre, e esse povo vier para rua e cercar o Senado, quem sabe esse milagre não aconteça”, declarou.