Consulado do Uruguai nega asilo a ativistas políticos
A deputada Janira Rocha indicou que os três manifestantes que pediram asilo no Consulado do Uruguai, do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira, sob acusação de associação criminosa, tiveram seu requisito negado.
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O grupo composto por Eloísa Samy, seu filho adoptivo e sua namorada foi acompanhado ao longo do dia pela deputada, que os forçou a abandonar o prédio, perto das 19h15.
A bordo de um VW Bora negro, Janira Rocha “deu uma carona até o bairro de São Conrado e não sabe o que fizeram depois”. “Eles desceram de elevador e saíram pela garagem, que fica na frente do prédio. Ninguém fez nada escondido", indicou Ricardo Villa Verde, assessor de imprensa da deputada.
De acordo com a mesma fonte, o grupo foi informado pela cônsul-geral Myriam Franschini Chalar de que não estaria autorizado a passar a noite no prédio, reporta o Estado.
A publicação conseguiu ainda declarações Eloisa, que conta como foi abordada no consulado, à sua chegada. “Ela (Myriam) veio falar comigo, perguntou o que estava acontecendo e disse: ‘Mas o Brasil é um Estado democrático de direito’. E eu respondi ‘O problema não é o Brasil, o problema é o Estado do Rio, a Justiça, que está agindo como um verdadeiro Estado de exceção, contando com a cumplicidade e o silêncio do governo federal. Não vi outra solução a não ser pedir asilo político”, indicou a advogada.
Eloisa aproveitou ainda a ocasião para negar as acusações feitas pela Polícia Civil do Rio, no inquérito iniciado em 2013.