Renan e Mendonça trocam 'palavras acesas' no Congresso Nacional
Começou com confusão a sessão do Congresso Nacional destinada a votar o projeto que desobriga o governo a cumprir a meta fiscal de 2014. Mendonça Filho e Renan Calheiros trocaram 'palavras acesas' e, apesar dos pedidos de desculpa que se sucederam, a sessão ficou marcada pelos gritos e discussão.
© Agência Brasil
Política Votação
Foi com discussão que começou a primeira sessão do Congresso Nacional destinada a votar o projeto que desobriga o governo a cumprir a meta fiscal de 2014.
O presidente do Congresso, Renan Calheiros, e o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho, protagonizaram uma cena de gritos e discussão interrompendo por largos minutos a 'discussão' principal.
De acordo com a G1, tudo começou quando Renan Calheiros, que assumiu a presidência dos trabalhos, atendeu à demanda dos oposicionistas e passou a considerar só as presenças registradas na sessão da tarde.
Mesmo assim, ele esperou 30 minutos pela chegada dos parlamentares em falta, uma vez que não se podia iniciar a sessão devido à insuficiência do número de presenças dos parlamentares.
Foi a partir daqui que começou a confusão. A oposição, sobretudo Mendonça, o líder do PSDB, Antonio Imbassahy (BA), e o líder do PPS, Rubens Bueno (PR) ficaram exaltados porque os 30 minutos, de acordo com o regimento, deveriam ter sido contados a partir das 12h00 e não das 12h30, como aconteceu.
Às 12h57, Renan anunciou que já era possível iniciar a sessão, porque o quórum já havia sido atingido.
“Isso é uma vergonha”, “E um absurdo”, foram duas das frases pronunciadas por Mendonça, da tribuna após a decisão.
Em resposta, o presidente disse: “Vossa excelência pode tudo, mas não pode ficar gritando na tribuna”. Não adiantou, até porque os ânimos entre ambos ainda se exaltaram mais.
O microfone do deputado foi cortado quando Renan gritou “Cale-se”, mas mesmo assim, era possível ouvir, bem alto, a discussão que acabou por envolver outras pessoas na discussão. Rubens Bueno, por exemplo, começou chamando o presidente de “ditador, prepotente, o senhor faz parte dessa farsa”.
Renan pediu então desculpa. “Peço até desculpas pelos excessos, evidente, acho que todos temos que pedir desculpas, mas levemos adiante essa questão e realizemos essa sessão”, disse.
Já Mendonça justificou no final da sessão, aos jornalistas, a razão da exaltação.
“Eu fui dizer a ele que ninguém me cala neste Parlamento. Quem me colocou aqui não foi ele não, foi o povo de Pernambuco”, disse.
“Existe um quarto regimento nessa Casa, que se sobrepõe aos três outros regimentos (da Câmara, do Senado e do Congresso), que é o regimento Renan Calheiros. Ele adapta à sua conveniência, ao seu tempo, de acordo com o que ele acha que deve ser feito”, criticou.