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Impressão 3D de pele humana permite tratar queimaduras

Anúncio foi feito pela empresa espanhola BioDan, especializada em bioengenharia

Impressão 3D de pele humana permite tratar queimaduras
Notícias ao Minuto Brasil

15:52 - 01/03/17 por Notícias Ao Minuto

Tech Inovação

Uma bioimpressora 3D capaz de criar pele humana já está sendo usada para ajudar pacientes que sofreram queimaduras e para realizar testes de pele.

Eis o que revela Alfredo Brisac, diretor executivo da empresa espanhola BioDan especializada em bioengenharia.

No mês passado, cientistas da Universidade Carlos III de Madrid e o grupo BioDan apresentaram o protótipo de uma impressora 3D capaz de criar pele humana que serve para transplantes, podendo também ser usada em testes cosméticos, químicos e farmacêuticos. 

Um dos primeiros órgãos humanos a ser criado através de uso da bioimpressão é a pele humana imprimida em 3D. Mas como é ela criada? A biotinta contém elementos cruciais como queratinócitos, fibroblastos e fibrina capazes de recriar a estrutura da pele.

Em entrevista à Sputnik, Brisac explicou que a questão é poder "achar um método mecatrônico de depositar células sobre uma estrutura semelhante à natural".

"Com a pele, nós temos sido capazes de fazê-lo com algo parecido a uma bioimpressora. Um novo paradigma será a criação de um órgão humano vivo", sugere o cientista.

É assim que Brisac descreve essa tecnologia 3D inovadora. "É como se fosse um terno feito sob encomenda, é de você para você. Assim, se você nos dá um centímetro quadrado da sua pele, nós podemos imprimir até dois metros quadrados de sua pele viva. Aplicamos isso para a unidade de queimaduras graves na Espanha e começamos a fazê-lo em outros países", conta o cientista.

Brisac acrescenta que através deste método é possível imprimir até 400 metros quadrados de pele viva a partir de uma amostra pequena de pele humana. 

"Concluímos os testes com sucesso. Um dos usos primários da pele impressa em uma impressora 3D são os testes de medicamentos", conta o cientista espanhol.

E o custo, afinal? Segundo Brisac, uma bioimpressora 3D não é tão cara como se imagina. No entanto, a maior dificuldade é a criação da biotinta e o controle de qualidade da pele obtida, explica o cientista, acrescentando que se trata do primeiro caso em que um órgão humano é produzido a partir de células vivas. (Sputnik)

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