Governo quer privatizar 17 estatais neste ano, diz Guedes

O ministro da economia afirmou que os nomes das empresas serão divulgados ainda hoje

© André Valentim/Divulgação

Economia PAULO-GUEDES 21/08/19 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governo federal deverá privatizar 17 empresas estatais neste ano, afirmou o ministro da Economia, Paulo Guedes, no final da noite de ontem (20) em São Paulo. Os nomes das empresas, segundo ele, serão divulgados ainda hoje."Vamos acelerar as privatizações. Tem gente grande que acha que não vai ser privatizado e vai entrar na faca", afirmou Guedes.

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O ministro reiterou a meta que deu ao seu secretário de Desestatização, Salim Mattar, de privatizar US$ 20 bilhões neste ano.Guedes elogiou a fusão entre Embraer e Boeing em seu discurso a uma plateia de empresários e executivos de grandes empresas.

Segundo ele, o ideal seria fazer mais duas ou três fusões do tipo com outras empresas brasileiras. "Com o avanço da tecnologia, quem não se modernizar e não tiver capacidade de adaptação vai ficar para trás.O ministro afirmou, ainda, que o governo tem conversado com países como Estados Unidos e China em busca de acordos comerciais."Tem uma competição [mundial] para fazer negócio com a gente e estamos em alta velocidade. Vamos dançar com os americanos e com os chineses", disse.

PACTO FEDERATIVO

Paulo Guedes afirmou ainda que o governo pretende descentralizar recursos para aumentar os repasses a estados e municípios. Como contrapartida, deverá pedir a desvinculação das receitas de todos os entes federativos.

O ministro falou em desvincular 280 fundos cujos recursos têm destinação específica."Não faz sentido ter todas as verbas carimbadas. O ministro Sergio Moro precisa de R$ 50 milhões para ampliar a Força de Segurança Nacional e tem um fundo penitenciário com R$ 1,5 bilhão que não pode ser tocado. É uma insensatez", disse.

NOVA CPMF

Guedes defendeu, ainda, a volta de um imposto sobre transações financeiras nos moldes da antiga CPMF como substituto da oneração da folha de pagamento das empresas e disse que prefere "abraçar um imposto horroroso" e desonerar a folha de pagamento."É o [ponto] controverso [da reforma tributária]. Vamos deixar esse dilema. Querem 20% de encargos trabalhistas e 13 milhões de pessoas sem emprego? Deixa do jeito que está. Eu preferiria não ter de recorrer a isso, mas acho a oneração de folha de pagamento um crime contra brasileiros", afirmou.

Segundo o ministro, a CPMF funcionou durante quase 13 anos. Para ele, se a alíquota do imposto for pequena, "não machuca"."Quando o Fernando Henrique [Cardoso] lançou esse imposto, todo o mundo apoiou porque arrecada rápido", disse."Hoje, um jovem vai chegar e ter o primeiro emprego, saindo da faculdade para trabalhar, 1000 de salário e custa 2000. Precisa reduzir os encargos trabalhistas. Entre um imposto horroroso e a opção pela desoneração da folha, prefiro abraçar o feioso."

Ao falar antes de Guedes, contudo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) criticou a proposta."Eu era presidente nacional do DEM em 2007 e nós derrubamos a CPMF. O presidente da República [Jair Bolsonaro] disse que é contra também. Não vamos brigar com ninguém, ele é contra também", afirmou.Guedes se disse otimista quanto à aprovação das reformas previdenciária, tributária e do novo pacto federativo."Está havendo a coalizão política, mesmo que não explícita e no meio de pedrada e tiroteio, mas todos entendem que tem que mudar a forma de fazer política e estão fazendo isso construtivamente."O evento foi promovido pelo jornal Valor Econômico.

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