Indicação de Eduardo 'cria má vontade onde não existe', diz Tasso

A indicação tem de passar primeiro pela Comissão de Relações Exteriores do Senado e, depois, por votação em plenário

© Edilson Rodrigues/Agência Senado

Política Bastidores 23/08/19 POR Estadao Conteudo

Relator da reforma da Previdência no Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE) disse ontem que a indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para a embaixada brasileira em Washington poderá atrapalhar o andamento do projeto na Casa.

PUB

A indicação, que ainda não foi oficializada pelo presidente Jair Bolsonaro, tem de passar primeiro pela Comissão de Relações Exteriores do Senado e, depois, por votação em plenário. "Desidratar (o projeto de reforma), não sei, mas atrapalha, sim. Provavelmente, vai criar má vontade onde não existe", disse o senador, ao sair de uma audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Para o tucano, a indicação de Eduardo é polêmica e pode contaminar a discussão sobre o sistema de aposentadorias no País. "Vai começar uma discussão aqui que pode radicalizar posições, e, essas posições se radicalizando, pode contaminar a outra discussão."

'Juízo'

Eduardo tentou afastar um eventual impacto de sua indicação na reforma da Previdência. "Não. Não tem nada a ver", disse o deputado. "Os senadores vão fazer juízo se eu sou merecedor ou não e ponto final. Outra questão é tributária, reforma da Previdência, armas, enfim, acho que não tem comunicação de uma coisa com a outra, não", afirmou ele.

Em périplo pelo Senado, onde tenta costurar apoios para confirmar seu nome, o deputado voltou ontem a conversar com senadores. Segundo ele, o objetivo é mostrar "um Eduardo um pouquinho diferente" da imagem que ele diz ser divulgada pela imprensa.

"São conversas particulares, eu converso com eles, eles demonstram interesse para saber se eu tenho as qualificações necessárias para assumir o cargo. É o momento para mostrar o Eduardo um pouquinho diferente do que, por vezes, sai na imprensa. Enfim, conhecer como eu sou", disse o deputado, após visita ao gabinete do senador Jorginho Mello (PL-SC).

Levantamento feito do jornal O Estado de S. Paulo. mostra que Eduardo não teria hoje o mínimo de 41 votos necessários para ser aprovado no plenário do Senado. Apenas 15 dos 80 votantes (o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), não vota) declararam apoio à escolha do filho de Bolsonaro para o cargo diplomático mais disputado no exterior. O placar na Comissão de Relações Exteriores, onde ele deverá ser sabatinado, também ainda não é favorável ao deputado.

O levantamento da reportagem confirmou a cautela com que o governo tem tratado o tema. Na terça-feira passada, Bolsonaro admitiu que poderia rever a indicação porque ele não queria submeter o filho "a um fracasso". Antes, o presidente já havia dito que só oficializaria a indicação após Eduardo obter o apoio majoritário dos senadores.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Jojo Todynho Há 13 Horas

Jojo Todynho veste roupa que usava antes de perder 50kg. "Saco de batata"

brasil Herança Há 15 Horas

Viúvo de Walewska cobra aluguel para que sogros morem em imóvel da filha

mundo EUA Há 12 Horas

Criança morre após ser forçada a correr em esteira pelo pai

brasil Rio Grande do Sul Há 15 Horas

Governador do RS alerta para "maior desastre da história" do estado

fama Brian McCardie Há 13 Horas

Morre Brian McCardie, ator da série Outlander, aos 59 anos

brasil MORTE-SC Há 14 Horas

Adolescente de 14 anos morre após ser picado por cobra venenosa em SC

mundo Londres Há 13 Horas

Responsável por ataque com espada em Londres tem cidadania brasileira

fama Isabel Veloso Há 15 Horas

Marido de influencer com câncer terminal: 'Finjo que não vai acontecer'

fama Bastidores da TV Há 6 Horas

Bianca Rinaldi relata agressões de Marlene Mattos: "Humilhação"

economia INSS Há 12 Horas

INSS começa a pagar 13º antecipado; veja quem tem direito