O jovem Joseph Miller tinha 24 anos, morava em Los Angeles (EUA), estudava arte e adorava pintar quadros e escrever poesia. Mas em outubro de 2014, ele não conseguiu escrever os versos que queria. Uma intensa dor de cabeça o fez ir da aula direto para seu quarto, onde teve um AVC e ficou por três dias desacordado, no chão.
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Quando o colega com quem Miller dividia o apartamento o encontrou, ele foi direto para o hospital. Lá, Miller ficou 17 dias em coma e, quando acordou, não conseguia se mover ou falar. “Demorou um mês para que eu pudesse pronunciar palavras básicas e comunicar minhas necessidades“, contou à ABC News.
Mas esta não foi a pior consequência: o jovem também perdeu cerca de 95% da memória – ele afirma só se lembrar de sua mãe – e agora usa o Instagram para tentar reunir os retalhos de sua vida.
“Quando eu vi o app do Instagram, eu lembrei ‘ah, eu tenho um Instagram.’ Demorou um pouco para que eu entrasse, pois esqueci a senha. Mas quando consegui, foi tipo ‘wow!’“, afirmou Miller.
Segundo o Dr. Steven Cramer, neurologista da University of California, o cérebro pós-derrame é como uma criança, sedenta por (re)aprender tudo. “Qualquer coisa que brinque com a memória pode ajudar a trazer períodos à tona. É como um fósforo que acende outras memórias que estejam associadas“, explicou.
Joseph, agora com parte da memória recuperada, brinca que, quando os amigos lhe diziam para parar de postar tantas fotos no Instagram, ele no fundo sabia que um dia elas seriam úteis.