Corte no Orçamento é para que país decole antes de 2022, diz Bolsonaro

O presidente disse que, quando assumiu o Palácio do Planalto, sabia que enfrentaria uma situação difícil e ressaltou que herdou das gestões anteriores "um orçamento completamente desorganizado"

© Reuters

Economia GOVERNO-ORÇAMENTO 04/09/19 POR Folhapress

ANÁPOLIS, GO (FOLHAPRESS) - Em um cenário de fraco crescimento econômico, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (4) que os recentes cortes orçamentários fazem parte de um esforço para que o desempenho econômico do país apresente uma melhora consistente antes de 2022.

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No evento de inauguração da aeronave KC-390, ele disse que, quando assumiu o Palácio do Planalto, sabia que enfrentaria uma situação difícil e ressaltou que herdou das gestões anteriores "um orçamento completamente desorganizado".

No segundo trimestre deste ano, o PIB (Produto Interno Bruto) avançou apenas 0,4% em relação aos três meses anteriores. A proposta orçamentária para 2020 reduz em 18% os recursos totais do Ministério da Educação, além de restringir também verbas para o Minha Casa Minha Vida e o Bolsa Família.

"Nós sabíamos o que teríamos pela frente. Um orçamento completamente desorganizado, para sermos civilizados. Se Deus quiser, antes de 2022, nós começaremos também a decolar, com o reajuste de nosso orçamento", disse.

A uma plateia de militares e empresários, Bolsonaro ressaltou que não é fácil tomar as medidas amargas que tem adotado e disse que não gostaria de fazer muitas delas, como a proposta de uma reforma previdenciária.

Em maio, as Forças Armadas estimaram que têm enfrentado neste ano um contingenciamento de cerca de 44% das despesas não obrigatórias. O percentual do Exército é de 28% para as despesas discricionárias, incluindo os programas estratégicos, o que levou o comando a autorizar o corte de expediente.

"O caminho não é fácil. Gostaria de não fazer muita coisa que estou fazendo no tocante à Previdência, mas sei que sem esse trabalho o nosso destino seria muito trágico", disse o presidente.

Em discurso, o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Antonio Carlos Bermudez, lembrou que projetos das Forças Armadas têm sofrido "atrasos significativos". "O desenvolvimento projetos vem sofrendo atrasos significativos ao longo dos anos devido a dificuldades orçamentárias", disse.

O presidente participou nesta quarta-feira (4) da inauguração da aeronave KC-390, maior avião militar fabricado no Hemisfério Sul e desenvolvido em uma parceria entre a FAB (Força Aérea Brasileira) e a Embraer.

Bolsonaro e Bermudez fizeram discursos em defesa da soberania brasileira. O presidente disse que o Brasil é um país pacífico, mas não pode continuar passivo a ataques de nações estrangeiras, em uma referência ao presidente francês, Emmanuel Macron.

"O Brasil é um país pacífico e não continuará sendo passivo a esse tipo de ataque à soberania. A Amazônia brasileira é nossa", afirmou. "Isso que aconteceu há poucos dias [críticas de Macron] foi bom para despertar o patriotismo entre nós", acrescentou.

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