Estudo mostra que lama de desastre de Mariana chegou a Abrolhos

A tragédia lançou mais de 50 milhões de metros cúbicos de lama no Rio Doce

© Ricardo Moraes / Reuters

Brasil Tragédia 05/09/19 POR Estadao Conteudo

Um estudo científico publicado na última quinta-feira, dia 29 de agosto, pela revista técnica ScienceDirect, da editora anglo-holandesa Elsevier, mostrou que a lama da barragem de Mariana, em Minas Gerais - estrutura da mineradora Samarco que se rompeu em 5 de novembro de 2015 -, atingiu os corais do Parque Nacional de Abrolhos.

PUB

A tragédia lançou mais de 50 milhões de metros cúbicos de lama no Rio Doce. Os pesquisadores lembram que os rejeitos de minérios de ferro ainda invadiam o oceano 17 dias depois do rompimento. Afirmam ainda que os impactos do estrago ambiental ainda são desconhecidos.

Um sistema remoto de vigilância, que inclui dados sobre ventos, temperatura da superfície do mar e o total do material em suspensão na água, além de sua coloração, segundo os pesquisadores, "indicou que a pluma de rejeitos de ferro atingiu a porção sul do Banco Abrolhos em 16 de junho de 2016" ou seja, mais de sete meses depois da catástrofe.

"Para obter mais evidências da presença de rejeitos dos recifes de coral, amostras de água foram coletadas em uma área que abrange o estuário do rio até os recifes no sul do Banco Abrolhos", afirmam os pesquisadores. Eles analisaram "a composição isotópica e microbiana das amostras, bem como a composição dos recifes".

"Apesar de não haver pistas de impacto negativo nas comunidades de corais, a análise isotópica confirmou a presença da pluma na área de recifes." O estudo servirá como base para futuras avaliações de impacto em longo prazo nos recifes de coral no banco de Abrolhos. O trabalho é assinado por um total de 15 pesquisadores.

No início deste ano, uma pesquisa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) apontou que lama de rejeitos da barragem tinha chegado ao Parque de Abrolhos. O levantamento detectou a presença de metais na região, como zinco e cobre.

O banco compreende uma área de 32 mil quilômetros quadrados de água rasa, com recifes de coral e manguezais, entre a Bahia e o Espírito Santo. Vazamentos no local atingiriam ainda e, em poucas horas, manguezais e recifes de corais, comprometendo a fauna e pesqueiros relevantes da região para pesca artesanal.

Na região está o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, onde ocorrem espécies endêmicas. Aves, tartarugas e baleias também habitam o local.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

mundo EUA Há 12 Horas

Faxineira pede demissão após 27 minutos de trabalho em hotel; entenda

fama Anthony Vella Há 10 Horas

YouTuber sofre grave acidente em queda de paraglider filmada; assista

fama Gusttavo Lima Há 10 Horas

Gusttavo Lima interrompe espetáculo após mulher ser agredida

justica Violência Há 3 Horas

Homem é assassinado com 23 tiros durante raio-x em hospital na Bahia

economia DESENROLA-BRASIL Há 12 Horas

Saiba como se inscrever no Desenrola Brasil e negociar suas dívidas

mundo EUA Há 11 Horas

Desaparecida, filha do co-fundador do Slack é flagrada em van com homem

esporte São Paulo FC Há 12 Horas

Filho de Will Smith posta foto com camisa do São Paulo e web reage; veja

justica Paraíba Há 10 Horas

Menina de 6 anos tem pinos colocados em perna errada

esporte Óbito Há 3 Horas

Jogador morre após bater a cabeça em muro que cercava o campo na Argentina

lifestyle Saúde Há 11 Horas

Três carboidratos que ajudam a controlar os níveis de açúcar no sangue