Informalidade faz comércio crescer 1% em julho, diz IBGE

Informalidade melhora venda de supermercado e faz comércio crescer 1% em julho, diz IBGE

© Rovena Rosa/Agência Brasil

Economia IBGE-COMÉRCIO 12/09/19 POR Folhapress

DIEGO GARCIARIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - As vendas no comércio varejista cresceram 1% em julho de 2019 com relação a junho, informou nesta quarta-feira (11) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

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A alta registrada nesta quarta é a maior da Pesquisa Mensal de Comércio desde novembro do ano passado, mês em que ocorre a Black Friday. O IBGE creditou a melhora ao aumento na população ocupada e nas condições de crédito paras as famílias.

O crescimento refletiu nos dados do comércio, segundo o IBGE. "Mesmo que seja crescimento em postos informais, as pessoas passaram a trabalhar. Isso tem impacto nas vendas de hipermercados, que é uma atividade básica", disse a gerente da pesquisa, Isabella Nunes. O setor cresceu 1,3% no período.

No fim de agosto, o IBGE havia divulgado que a taxa de desemprego recuou no país, mas devido à criação de vagas no mercado informal, que bateu novo recorde. O número de empregados sem carteira assinada atingiu 11,7 milhões no trimestre encerrado em julho, enquanto os trabalhadores por conta própria chegaram a 24,2 milhões.

O IBGE também explicou o crescimento do comércio de móveis e eletrodomésticos pelo acesso a crédito, estimulado pela redução dos juros. "A concessão de crédito aumentou para pessoas físicas, então houve um estímulo para as vendas de bens duráveis", disse Nunes. No período, a venda de móveis e eletrodomésticos cresceu 1,6%.

Para o professor do Insper Silvio Abrahão Laban Neto, do ponto de vista do trabalhador, é melhor ter renda informal do que não ter renda. "Isso pode ter ajudado até porque setores de alimentos como hiper e supermercados mostraram crescimento. Também existe o efeito da redução da taxa de juros, o que poderia contribuir para o crédito e, por conseguinte, melhores resultados para itens de uso pessoal e eletrodomésticos. Cabe lembrar que voltamos a níveis de 2015, ou seja, ainda há muito que recuperar", diz.

A economista Luana Miranda, do FGV IBRE (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas), afirma que, mesmo com a informalidade, houve um aumento da demanda. "Esse dado de julho chama a atenção porque foi além das expectativas", diz.

"De modo geral, quando analisamos a trajetória do comércio, vemos que o acumulado de 2019 até julho é de quase 4%, enquanto ano passado o crescimento foi de quase 5%. Então o varejo está reagindo", disse Miranda.

Em julho, na comparação com junho, o comércio teve resultados positivos em 19 estados, como Mato Grosso (5,4%), Rio de Janeiro (2,7%) e Bahia (2,4%).

Apesar do crescimento, o terceiro resultado positivo seguido, o setor ainda está 5,3% abaixo do recorde de outubro de 2014.

Em comparação com julho de 2018, o aumento foi de 4,3%, o quarto avanço consecutivo nas análises com o mesmo mês do ano anterior.

Com os números divulgados nesta quarta, o acumulado dos últimos 12 meses chegou a 1,6% até julho. "Isso sinaliza ganho de ritmo no varejo", apontou o IBGE.

No total, sete das oito atividades pesquisadas registraram números positivos em julho.Além de móveis e eletrodomésticos, as principais marcas foram de outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,2%), livros jornais, revistas e papelarias (1,8%).

Tecidos, vestuário e calçados (1,3%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,7%), combustíveis e lubrificantes (0,5%) também subiram.O único segmento com marca negativa foi equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, com queda de 1,6%.

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