Dólar fecha acima de R$ 4,10 após corte de juros nos EUA

Esse foi o maior patamar desde 5 de setembro

© Reuters

Economia MERCADO-FINANCEIRO 18/09/19 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar voltou a fechar acima dos R$ 4,10 nesta quarta-feira (18), após a decisão do banco central americano de reduzir a taxa de juros do país e em meio à espera do corte na Selic. A Bolsa brasileira caiu em linha com o exterior.

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Parte da explicação vem de uma contrariedade de investidores, que consideraram o presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, pouco claro sobre a possibilidade de novas reduções de juros.

Nesta quarta, o Fed promoveu o segundo corte do ano, que é também a segunda redução desde o ciclo de cortes após a crise de 2008. Nesta rodada, o juro caiu para 1,75% a 2%, ante os 2% e 2,25% anteriores.

A decisão não foi unânime: um dos membros do Fed votou por uma redução maior, para a faixa de 1,5% a 1,75%, enquanto dois sugeriram a manutenção da taxa.

Os membros do BC americano continuam indicando que essa é uma medida preventiva para conter potenciais danos à economia americana, que possam ser causados pela guerra comercial travada entre Estados Unidos e China.

Há ainda o risco de contágio da crise que já chega à Europa, notadamente a Alemanha, em um reflexo concreto da disputa entre Washington e Pequim, que vive uma sanfona entre dias de recrudescimento e alívio. O momento atual é de aparente trégua.

Mas o presidente americano, Donald Trump, voltou a criticar o corte do Fed, sempre considerado insuficiente. Dessa vez, ele afirmou que o Fed fracassou novamente e que Powell não tem culhões.

Apesar da manifesta insatisfação do mercado, há ainda uma outra leitura possível para a valorização do dólar após a decisão do Fed. Powell afirmou que o Fed usará todas as ferramentas que tem à disposição para cumprir com sua tarefa, que é gerar o máximo de empregos com inflação na meta. 

A percepção de que o Fed irá efetivamente agir para manter a economia americana nos trilhos é positiva, e isso ajuda a fortalecer a moeda americana ante emergentes. "Como eles [Fed] estão fazendo o que o mercado acha que é o certo, o dólar se valoriza", afirma Fernanda Consorte, economista-chefe da Ourinvest.

O dólar fechou o dia cotado a R$ 4,1050, maior patamar desde 5 de setembro. Nas Bolsas, a reação foi mais lenta, mas também pode ser lida como otimista. 

O Ibovespa (principal índice acionário do país) chegou a perder os 104 mil pontos, nas terminou o pregão praticamente estável, com queda de 0,08, a 104.531 pontos.

Os índices americanos S&P 500 e Dow Jones terminaram no positivo, após terem operado no vermelho durante praticamente todo o dia.

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