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Um ano após a Copa do Mundo no Brasil, as cidades-sede sofrem com uma dura realidade: ao menos 35 obras que foram planejadas especialmente para o Mundial ainda não estão prontas.
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De acordo com a ‘Folha de S. Paulo’, elas foram orçadas em R$ 11 bilhões quando lançadas, em 2010. Agora, estão atrasadas, paradas ou nem sequer saíram do papel. Segundo o jornal, alguns dos casos estão sendo investigados por suspeita de corrupção.
Entretanto, essas obras não se resumem apenas aos estádios. No setor de transporte urbano, apenas 21,4% das obras de grande porte previstas em 2010 foram concluídas. A reportagem da ‘Folha de S. Paulo’ destaca que as obras com maiores problemas estão em Fortaleza (CE) e em Cuiabá (MT).
Em 2010, o pacote inicial tinha previsto 48 obras de mobilidade urbana. Já em 2013, eram 51 projetos. Com atrasos, os valores iniciais foram superados e as obras ficarão cada vez mais caras.
Ainda segundo a ‘Folha de S. Paulo’, no caso de Cuiabá, o projeto começou em R$ 700 milhões, passou na licitação para R$ 1,5 bilhão e deve alcançar os R$ 2,5 bilhões.
Em São Paulo, o monotrilho da Linha 17-Ouro, na altura do lançamento do projeto, custaria R$ 2,9 bilhões. Agora, o valor está em R$ 4,7 bilhões, e a conclusão, que antes seria março de 2013, está prevista para 2017.
Entre os motivos para o fracasso, para especialistas, estão as dificuldades com desapropriações, alta de custos, projetos mal concebidos e falta de recursos.