Governo acredita nos mercados e no investimento privado, diz Guedes

"É preciso estimular a concorrência. Somos 200 milhões de trouxas sendo atendidos por quatro empreiteiras, quatro bancos", disse Guedes

© Marcos Corrêa/PR

Economia investimento 10/10/19 POR Estadao Conteudo

Em palestra a uma plateia de investidores nacionais e estrangeiros, o ministro da Economia, Paulo Guedes, ressaltou que a atual gestão do presidente Jair Bolsonaro acredita nos mercados e no investimento privado. Como exemplo Guedes citou a Medida Provisória do saneamento que "desbloqueia e abre horizonte de investimentos para bilhões de dólares". "É preciso estimular a concorrência. Somos 200 milhões de trouxas sendo atendidos por quatro empreiteiras, quatro bancos", disse Guedes, no evento realizado em São Paulo, que é organizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos.

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Sobre o sistema financeiro, o ministro disse que a concorrência dos bancos com fintechs e outras empresas vai ajudar a comprimir o spread. "Os spreads precisam cair. Queremos ser atendidos por inúmeras instituições", afirmou Guedes.

O ministro observou que o esforço de aumentar a concorrência vai ao encontro da plataforma liberal que o governo acredita. "Essa plataforma confia no sistema privado, mas mantém fraternidade com os que ficaram para trás. Vamos manter todos os benefícios dos mais frágeis. Tudo o que for bom tem de ser mantido", pontuou Guedes.

Ele disse ainda que o governo considera inserir os mais vulneráveis nesse sistema e não subsidiá-los. "Acreditamos que a principal força da capacidade humana é o trabalho."

Software

O ministro da Economia comparou o funcionamento da máquina pública a um software, em virtude do orçamento engessado da União e dos entes federativos. "O Brasil é administrado por software que roda sem parar. Boa política é desligar o software, em vez de jogar a culpa nele", afirmou.

Para Guedes, é esse software (orçamento engessado) que está atrapalhando o crescimento do País.

"A Constituição carimbou o dinheiro, que na época era preciso, mas agora trouxe mal funcionamento de tudo. Um prefeito precisa de ambulância, mas não pode comprar, porque precisa adquirir uniforme escolar quatro vezes por ano", observou o ministro.

Segundo ele, as próximas reformas do governo vão no intuito de desbloquear e desvincular esses recursos.

Próximos passos

Após a aprovação da reforma da Previdência, o governo deve voltar os esforços para o andamento do pacto federativo no Senado Federal, da reforma tributária na Câmara dos Deputados e de uma reforma administrativa no serviço público, afirmou o ministro da Economia, Paulo Guedes, durante o Fórum de Investimentos Brasil 2019. "Precisamos fazer o redesenho do serviço público. Não pode o servidor continuar ganhando bem e não ter serviço de qualidade na ponta", afirmou Guedes.

O ministro comparou a remuneração do serviço público com o privado, ressaltando que há distorções no sistema federal. "Iremos corrigir os planos de carreira do funcionalismo público na reforma administrativa", disse Guedes.

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