Fachin mantém prisão de sueco por US$ 31 mi em propinas da Odebrecht

Bo Hans era figura central da "Sem Limites", que apurava o pagamento de pelo menos US$ 31 milhões em propinas para funcionários da Petrobras

© Adriano Machado / Reuters

Política Petrobrás 29/10/19 POR Estadao Conteudo

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou habeas corpus ao sueco Bo Hans Vilhelm Ljungberg, investigado pela Lava Jato. A ação questionava prisão preventiva decretada na fase 57 da operação deflagrada em dezembro passado. Na ocasião, o nome de Bo Hans foi incluído na lista de procurados da Interpol - ele morava no Rio de Janeiro, mas deixou o Brasil pouco antes da decretação da prisão. As informações foram divulgadas pela Assessoria de Imprensa do Supremo Tribunal Federal.

PUB

Bo Hans era figura central da "Sem Limites", que apurava o pagamento de pelo menos US$ 31 milhões em propinas para funcionários da Petrobras, entre 2009 e 2014, em troca de vantagens na aquisição de derivados do petróleo.

O sueco é apontado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal como intermediador de pagamento de propinas. Na decisão que desencadeou a operação, a juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara de Curitiba indica que empresas utilizavam o grupo do qual Bo Hans "para intermediar negócios de trading junto a executivos da Petrobras e ele, o grupo, realizava pagamentos de propinas a estes, destinando-lhe parte da comissão recebida".

A prisão preventiva de Bo Hans foi decretada por Gabriela em dezembro e mantida pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) e, posteriormente, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Ao Supremo, a defesa alegou que não havia requisitos para a prisão preventiva e argumentou ainda falta contemporaneidade entre os fatos investigados e o decreto prisional. Segundo os advogados de Bo Hans, o retorno do sueco a seu país natal "definitivo e legal" não seria indicativo de fuga.

Em sua decisão, Fachin considerou que os fundamentos da prisão, "imposta para assegurar a ordem pública e econômica, a instrução processual e a aplicação da lei penal" ainda são válidos. Segundo o ministro, havia comprovação da gravidade dos delitos, que teriam resultado na movimentação de valores significativos.

O relator apontou que o risco à aplicação da lei penal ficou comprovado pelo fato de Bo Hans ter disponibilidade de recursos financeiros fora do País, além de manter contatos e compromissos com empresas no exterior e ter cidadania estrangeira.

Fachin também indicou que a custódia estaria justificada pelo "receio concreto de prática de novos crimes", em especial quanto à lavagem de dinheiro que teria acontecido mesmo durante as investigações. O ministro também registrou que a prisão preventiva sequer foi implementada.

Fachin também afastou a possibilidade de imposição de medidas cautelares alternativas. Na avaliação do ministro, elas não seriam "adequadas e suficientes a fim neutralizar o risco de reiteração criminosa apta a gerar risco concreto à ordem pública".

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

justica Santos Há 2 Horas

Homem é flagrado abusando sexualmente de moradora em situação de rua

fama MADONNA-RIO Há 22 Horas

Show Madonna no Rio será com playback, assim como outros da turnê; entenda

brasil enchentes no Rio Grande do Sul Há 21 Horas

Sobe para 57 o número de mortos em temporais do RS

mundo Miami Há 6 Horas

Saco com é cobras encontrado nas calças de passageiro em aeroporto

politica CHUVA-RS Há 5 Horas

Mortes pelas chuvas chegam a 66 e governador fala em 'Plano Marshall'

fama MADONNA-AMORES Há 23 Horas

Madonna exibe fotos de ex-amores em telão de shows

fama MADONNA-RIO Há 5 Horas

Madonna fez da praia de Copacabana a maior pista de dança do mundo

fama PAULO-GUSTAVO Há 1 Hora

Thales Bretas relembra morte de Paulo Gustavo: 'Horas boas, horas bem amargas'

fama Bruce Willis Há 6 Horas

Após diagnóstico de demência, como está Bruce Willis?

esporte Fórmula 1 Há 21 Horas

Verstappen vence no GP de Miami a 9ª corrida sprint de Fórmula 1; Ricciardo é o 4º