Juizado especial tem espera de 168 dias até 1ª audiência

A redução do prazo para a primeira audiência é apontada como um dos desafios para resolver o problema da morosidade processual no Judiciário

© Pixabay

Justiça CNJ 21/06/15 POR Notícias ao Minuto

Os cidadãos que procuram os juizados especiais cíveis, denominação para os antigos juizados de pequenas causas, têm de esperar em média 168 dias até conseguir a primeira audiência com o réu no processo. O prazo superior a cinco meses para esse serviço do Judiciário, que deveria ser conhecido pela agilidade, tem uma agravante: a primeira audiência geralmente serve para uma tentativa de conciliação entre as partes, e a taxa de acordo obtida raramente atinge mais de 20% dos processos.

PUB

A redução do prazo para a primeira audiência é apontada como um dos desafios para resolver o problema da morosidade processual no Judiciário. Apesar de não haver um prazo específico até essa audiência, o tempo de espera dos cidadãos foi alvo de críticas da corregedora nacional de Justiça, ministra Nancy Andrighi. "Não considero esse número razoável. O estado atual dos juizados especiais reclama medidas urgentes que possam lhes devolver a desenvoltura e celeridade que a população espera quando busca essa via para a solução de seus conflitos", disse.

Os dados fazem parte de uma pesquisa inédita conduzida por especialistas da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto e elaborada a pedido do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A lei que criou os juizados especiais completa duas décadas de vigência em 2015.

Juizados especiais atraem principalmente conflitos em relação a questões de consumo. O motivo das reclamações é variado, mas é mais frequente em casos de cobrança indevida (20,6%) e problema em prestação de serviço ou defeito do produto comercializado (9,9%). No banco dos réus estão majoritariamente bancos, operadoras de telefonia, operadores de planos de saúde, seguradoras e empresas de transporte.

Para o coordenador da pesquisa, professor Paulo Eduardo Alves da Silva, da USP de Ribeirão Preto, os chamados grandes litigantes estão emperrando a agilidade dos juizados. "Essas grandes empresas acabam 'colonizando' os serviços judiciários e, por terem uma política empresarial desastrosa, acabam se tornando réus frequentes", diz. Com informações do Estadão Conteúdo.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

tech Portugal Há 22 Horas

Clarão ilumina o céu de Portugal e intriga internautas

justica CHUVA-RS Há 21 Horas

Homens são presos suspeitos de desvio de marmitas e tráfico de drogas em Porto Alegre

fama Fake News Há 16 Horas

Instagram sinaliza como 'fake news' postagem de Regina Duarte sobre o RS

justica São José dos Campos Há 19 Horas

Homem é espancado até a morte em terminal rodoviário; testemunhas não interferem

tech Celular Há 19 Horas

Celular não deve carregar a noite toda? Veja três mitos sobre baterias

mundo Inglaterra Há 22 Horas

Parasita detetado na água provoca infeção a 46 pessoas na Inglaterra

fama São Paulo Há 17 Horas

Roque, diretor de auditório do SBT, é internado em SP

brasil ACIDENTE-SP Há 21 Horas

Motorista tenta atropelar ladrão com Lamborghini após ser roubado e bate o carro em SP

mundo SAÚDE-DIABETES Há 18 Horas

Mulher usa remédio de diabetes para emagrecer e é socorrida por criança

lifestyle Astrologia Há 17 Horas

Signos que são compatíveis com todos os tipos de pessoas