Angela Merkel não compartilha visão "radical" de Macron sobre a Otan

Emmanuel Macron "usou termos radicais", que Merkel afirma não serem o seu ponto de vista sobre a cooperação com a organização

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Mundo Angela Merkel 07/11/19 POR Notícias ao Minuto

A chanceler alemã Angela Merkel afirmou hoje que não compartilha a visão "radical" do Presidente francês Emmanuel Macron, que considera que a Organização do Tratado ao Atlântico Norte (Otan) está em "morte cerebral". "Não penso que seja necessário um julgamento tão intempestivo, mesmo que tenhamos problemas, mesmo que tenhamos que nos recompor", acrescentou a chanceler alemã numa coletiva de imprensa em Berlim com o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg.

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Emmanuel Macron "usou termos radicais", que Merkel afirma não serem o seu ponto de vista sobre a cooperação com a organização.

"A Otan é indispensável, devemos ter nas nossas mãos o nosso destino na Europa, mas acho que a Otan tem progredido e tem um trabalho muito mais político do que há anos", concluiu a chefe do Governo alemão.

Stoltenberg, por seu lado, considerou que a Otan permaneceu "forte", salientando que os Estados Unidos e a Europa "trabalharam juntos mais do que há décadas".

Numa entrevista publicada hoje pela revista britânica The Economist, o chefe de Estado francês alertou que a Otan está em "morte cerebral" devido ao afastamento dos EUA e ao comportamento da Turquia na Síria, membro da aliança atlântica.

Macron defendeu ser fundamental "clarificar os objetivos estratégicos da Otan", referindo a necessidade de "muscular a defesa da Europa".

Os líderes da organização, criada em 1949 para promover a defesa mútua contra um ataque por qualquer entidade externa à aliança, vão se reunir em Londres no início de dezembro.

O Presidente francês questiona ainda o futuro do artigo 5.º do Tratado do Atlântico Norte, que prevê a solidariedade militar entre os membros da Otan se um deles for atacado.

Angela Merkel também reiterou durante a coletiva de imprensa com Stoltenberg o compromisso alemão de alcançar a meta de 1,5% em gastos militares até 2024, pronunciando-se a favor de atingir os 2% em 2032.

"Aumentamos o nosso gasto militar de forma significativa e atualmente estamos negociando os orçamentos do próximo ano", disse Merkel, acrescentando que atingir os 2% em gastos militares é a "obrigação" do Governo alemão.

A chanceler alemã descreveu esse objetivo como uma "iniciativa realista, mas ambiciosa".

 

 

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