Guedes: sobre Collor: 'É uma vergonha cair por causa de Fiat Elba'

Na palestra, Guedes contou que, à época do impeachment de Collor, em 1992, fez duas leituras do episódio, uma positiva, outra negativa

© Marcos Corrêa/PR

Política collor 08/11/19 POR Estadao Conteudo

O ministro da Economia, Paulo Guedes, minimizou a motivação do impeachment sofrido pelo ex-presidente Fernando Collor, no início da década de 1990. Na origem do processo estava a posse de um Fiat Elba, que revelou um esquema de lavagem de dinheiro no governo do primeiro presidente eleito pelo voto popular após a ditadura. O ministro fez a crítica durante palestra no Rio, num trecho em que exemplificou o fortalecimento das instituições democráticas, com o fato de um "Legislativo independente" ter feito dois impeachments, primeiro num governo tido como de direita e, mais recentemente, num governo tido como de esquerda.

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"O cara cair por um Fiat Elba é dose. Vendo o que foi feito depois, quebraram a Petrobras, a Eletrobras, a Caixa, um Fiat Elba vou te contar. É uma vergonha alguém sofrer um impeachment por um Fiat Elba", afirmou Guedes, arrancando risadas da plateia durante seminário sobre o risco Brasil, na Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Na palestra, Guedes contou que, à época do impeachment de Collor, em 1992, fez duas leituras do episódio, uma positiva, outra negativa. Na negativa, o ex-presidente foi afastado do cargo porque não era "de esquerda". "Afinal de contas, após 20 anos de um regime de direita, que era a ditadura, a esquerda consegue finalmente promover eleições diretas, e ganha um cara que não é de esquerda", disse o ministro.

A leitura positiva de Guedes destaca o fortalecimento das instituições, à luz de Adam Smith, que dizia "que não interessam as intenções, desde que os resultados estejam na direção correta".

"Na democracia, é a mesma coisa. Não quero saber qual foi a intenção, se foi porque era de esquerda ou direita. Está criada a norma consuetudinária de que se alguém se comporta mal, o Legislativo independente tira o cara. Confirmou-se agora, com o Legislativo independente tirando a (ex-presidente) Dilma (Rousseff). Fez um impeachment à direita, depois fez um impeachment à esquerda. Ótimo!", disse Guedes, para então concluir: "As instituições são independentes."

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