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Uma japonesa de 71 anos foi julgada na quinta-feira (25) por ter espancado o marido até à morte. O motivo teria sido traições cometidas por ele e, segundo o jornal ‘Asahi Shimbun’, ela ficou livre de cumprir prisão efetiva.
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Durante o julgamento, a mulher disse que sofreu uma grande frustração porque, nos últimos tempos de vida em comum, o marido, de 79 anos, contou pormenores das infidelidades que cometeu em 1979, com uma mulher mais nova. “Isso era tudo o que eu não tinha necessidade de saber", disse a mulher.
O elevado estado de tensão em que se encontrava, acrescentou, resultava também de ter tratado do marido, convalescente de uma cirurgia a um câncer no estômago.
Casada desde os 20 anos, a mulher disse nunca ter cometido qualquer infidelidade, ainda que soubesse das traições de longa data do marido. Porém, justificou nunca o ter confrontado para poupar os filhos.
A morte do marido ocorreu o ano passado, dias depois da mulher ter batido repetidamente na cabeça e no rosto dele. Os juízes decidiram condenar a mulher a uma pena de três anos, devido ao arrependimento demonstrado durante o julgamento, uma decisão vista como rara para um caso de homicídio no Japão.
Os casos de abuso e violência sobre idosos, especialmente os que envolvem algum tipo de demência, veem demonstrando um rápido crescimento no país. De acordo com uma sondagem feita em 2013, pelo Ministério da Saúde japonês, 15.731 idosos, com 65 anos ou mais, sofreram abusos ou maus tratos cometidos por familiares.