Definição de limite no cheque dependerá da anuência do cliente

O Conselho Monetário Nacional aprovou hoje o redesenho do cheque especial, estabelecendo um limite máximo de 8% ao mês para a taxa de juros na modalidade

© Divulgação

Economia cheque especial 27/11/19 POR Estadao Conteudo

O diretor de Regulação do Banco Central, Otavio Ribeiro Damaso, afirmou nesta quarta-feira, 27, que os bancos não poderão mais elevar os limites de cheque especial sem a anuência dos clientes.

PUB

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou hoje o redesenho do cheque especial, estabelecendo um limite máximo de 8% ao mês para a taxa de juros na modalidade. A medida entra em vigor no dia 6 de janeiro de 2020. Em outubro, conforme dados divulgados hoje pelo BC, o juro médio do cheque ficou em 305,9% ao ano. Com o novo limite, a taxa máxima será de 150% ao ano.

O CMN também autorizou a cobrança de tarifas aos usuários, que poderá ser de até 0,25% do limite disponibilizado, acima do limite isento de R$ 500. Quando utilizado o limite, a tarifa será abatida dos juros cobrados na modalidade. "A definição do limite do cheque especial depende da anuência do cliente. A resolução do CMN estabelece que a instituição financeira não pode impedir o usuário de escolher um limite menor que R$ 500, que será isento de tarifas", detalhou Dâmaso.

De acordo com o BC, os limites concedidos no cheque especial somam R$ 350 bilhões, enquanto o volume de operações está em apenas R$ 26 bilhões. O diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, João Manoel Pinho de Mello, repetiu que o limite não utilizado no cheque especial consome o capital do banco. "Se o banco tiver esse limite aberto, ele precisa se financiar com capital próprio, e acaba tendo esse custo de captação", explicou Pinho de Mello. "Estamos garantindo que a diminuição de custo no cheque será repassada a clientes de mais baixa renda", acrescentou.

Risco

Damaso alegou que a limitação dos juros cobrados no cheque especial não impõe nenhum risco à sustentabilidade financeira dos bancos. "Tivemos inúmeras reuniões com as instituições financeiras, mas essa é uma decisão regulatória do Banco Central", afirmou.

O diretor Pinho de Mello repetiu que a economia proporcionada pelas mudanças no cheque especial será repassada aos clientes de baixa renda, sem que haja um "racionamento" da oferta da modalidade de crédito. "É difícil precisar o impacto das medidas no cheque sobre as instituições, mas temos a convicção de que o sistema financeiro é forte", completou.

O CMN ainda aprovou hoje a ampliação da portabilidade de crédito com a inclusão do cheque especial a partir de abril de 2020.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Jojo Todynho Há 16 Horas

Jojo Todynho veste roupa que usava antes de perder 50kg. "Saco de batata"

mundo EUA Há 15 Horas

Criança morre após ser forçada a correr em esteira pelo pai

brasil Herança Há 18 Horas

Viúvo de Walewska cobra aluguel para que sogros morem em imóvel da filha

brasil Rio Grande do Sul Há 18 Horas

Governador do RS alerta para "maior desastre da história" do estado

fama Brian McCardie Há 16 Horas

Morre Brian McCardie, ator da série Outlander, aos 59 anos

brasil MORTE-SC Há 17 Horas

Adolescente de 14 anos morre após ser picado por cobra venenosa em SC

fama Bastidores da TV Há 9 Horas

Bianca Rinaldi relata agressões de Marlene Mattos: "Humilhação"

mundo Londres Há 16 Horas

Responsável por ataque com espada em Londres tem cidadania brasileira

fama Isabel Veloso Há 18 Horas

Marido de influencer com câncer terminal: 'Finjo que não vai acontecer'

esporte Arábia Saudita Há 17 Horas

Sem folga: Al Hilal treina após garantir vaga na final; veja as imagens