Concessões podem ter menos dinheiro vindo do BNDES

As empresas vencedoras teriam de colocar mais capital próprio para fazer os investimentos na duplicação das rodovias

© Agência Brasil

Economia Rodovia 02/07/15 POR Notícias Ao Minuto

As quedas consecutivas no fluxo de veículo das estradas pedagiadas neste ano poderão ter reflexo negativo nas novas concessões de rodovias, concedidas pelo governo federal entre 2013 e 2014. Com menos movimento nas estradas, a expectativa de receita diminui e a parcela de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderá ficar menor que a prevista inicialmente.

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Isso significa que as empresas vencedoras teriam de colocar mais capital próprio para fazer os investimentos na duplicação das rodovias. Segundo o índice da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), de janeiro a maio deste ano, o fluxo de veículos nas estradas privatizadas caiu 1,6% comparado a igual período de 2014. No período de 12 meses, a queda foi de 0,2%.

"A redução no fluxo de deslocamentos das pessoas por causa da diminuição da capacidade econômica ou de outros eventos relacionados à crise econômica afetam as projeções financeiras dos projetos e ainda, na taxa de retorno desses investimentos, de forma que o total de recursos liberados ou disponíveis poderá ser influenciado", afirma o advogado Robertson Emerenciano, sócio do escritório Emerenciano, Baggio e Associados - Advogados.

Em nota, o BNDES afirmou que o "fluxo de veículos e a projeção de tráfego são variáveis muito importantes no processo de estruturação de um project finance (modalidade de crédito em que a garantia é a própria receita do projeto) do setor rodoviário". Até agora o banco estatal não liberou nenhum financiamento de longo prazo para as concessões rodoviárias. Os primeiros investimentos na duplicação de 10% do trecho concedido, conforme previsto nas regras dos editais, foram feitos com empréstimos-ponte.

Segundo fontes ligadas às concessões, o banco estatal está fazendo as medições nas rodovias para definir os montantes de financiamento. "No nosso caso, acho que não teremos problemas, pois na última medição que fizemos o tráfego havia crescido 5%", afirmou o presidente da Triunfo Participações e Investimentos (TPI), Carlo Bottarelli. A empresa arrematou a concessão dos trechos das BRs 060/153/262 (DF/GO/MG), cujos investimentos somam R$ 7,15 bilhões ao longo de 30 anos.

Segundo um executivo do setor, mesmo com crescimento do fluxo das rodovias, algumas concessões podem ter problemas por conta dos elevados deságios dados nos leilões, que variaram entre 40% e 61%. Na análise dele, os altos descontos embutem uma expectativa muito agressiva de expansão do fluxo de veículos. Uma frustração nesses números pode alterar todo o planejamento feito pelas concessionárias.

De qualquer forma, o risco de tráfego é um risco do empreendedor. Ou seja, as empresas terão de se virar para colocar mais dinheiro nos empreendimentos caso o BNDES resolva emprestar menos recursos. Com informações do Estadão Conteúdo. 

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