Fernández dá passo atrás em pacote emergencial para Argentina

Alberto Fernández decidiu retirar o ponto mais sensível do texto da lei de emergência econômica

© Arquivo

Economia Governo 19/12/19 POR Estadao Conteudo

Após ameaça da oposição de que não daria quórum para a votação na Câmara dos Deputados do projeto de lei de emergência econômica, o governo argentino de Alberto Fernández decidiu retirar o ponto mais sensível do texto. O artigo eliminado permitia que o Executivo fizesse uma reforma administrativa sem consultar o Legislativo e interviesse em 60 órgãos, como os entes reguladores de eletricidade e gás. Na noite de quarta-feira, 18, o governo admitia também a possibilidade de flexibilizar o aumento do imposto sobre exportações de produtos agrícolas.

PUB

Apesar de várias questões ainda não estarem fechadas, a expectativa é que o projeto seja aprovado ainda hoje na Câmara. A vice-presidente Cristina Kirchner, que preside o Senado, emitiu um decreto parlamentar convocando os senadores para uma sessão na sexta-feira, 19, na qual se deve debater o pacote de medidas que coloca o país em situação de emergência pública "econômica, financeira, fiscal, administrativa, previdenciária, tarifária, energética, sanitária e social".

Em apresentação na Câmara dos Deputados, o ministro do Trabalho, Claudio Moroni, confirmou na quarta-feira que o governo pretende estabelecer, por meio de decreto, um aumento de salário aos trabalhadores do setor privado - medida prevista no projeto de lei. O reajuste não deve ser universal, afirmou, e será concedido aos empregados que mais perderam seu poder aquisitivo nos últimos anos por causa da inflação. Entre 2016 e 2017, a inflação acumulada foi de quase 300%.

O pacote de medidas econômicas prevê, principalmente, aumento nos impostos, como tarifas sobre bens pessoais e alíquotas de 30% sobre compras feitas no exterior em dólares. Segundo cálculos da economista Melisa Sala, da consultoria LCG, sem alterações o programa apresentado por Fernández pode elevar a arrecadação em 2% do PIB.

A Argentina deve terminar este ano com um déficit fiscal de 0,5%. O aumento previsto na arrecadação, porém, não será suficiente para zerar o déficit, pois tarifas de serviços como energia e transporte estão congeladas pelos próximos seis meses, e governo deverá subsidiá-las. A situação fiscal do país - que foi descrita pelo ministro da Economia, Martín Guzmán, como sendo mais grave do que se imaginava - ainda dependerá, portanto, de decisões sobre o que será feito com os subsídios nos últimos seis meses do ano e com aposentadorias.

Mercado de trabalho

O Instituto Nacional de Estatística e Censos informou na quarta-feira que o desemprego na Argentina chegou a 9,7% no terceiro trimestre, alta de 0,7 ponto porcentual na comparação com o mesmo período de 2018, mas queda de 0,9 ponto ante o segundo trimestre.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama A Grande Conquista 2 Há 9 Horas

Ex-Polegar pega faca durante discussão e é expulso de reality

politica Arthur Lira Há 10 Horas

Felipe Neto é autuado por injúria em inquérito aberto a pedido de Arthur Lira

mundo Posição de Lótus Há 11 Horas

O misterioso caso da múmia escondida em estátua de Buda

fama Iraque Há 9 Horas

Influencer iraquiana é morta a tiros em Bagdá

fama GISELE-BÜNDCHEN Há 11 Horas

Gisele Bündchen recebe apoio de prefeito após chorar durante abordagem policial nos EUA

lifestyle Signos Há 12 Horas

Quatro signos que nasceram para serem famosos

brasil Santa Catarina Há 11 Horas

Homem morre após ser atacado por quatro pitbulls em quintal de casa em SC

economia REINHART-KOSELLECK Há 9 Horas

Quem é o historiador lido por Haddad após bronca de Lula

fama SAMARA-FELIPPO Há 6 Horas

Filha de Samara Felippo é alvo de racismo em escola, diz site

mundo Guangzhou Há 9 Horas

Tornado atinge cidade na China e deixa rastro de destruição; vídeo