Governo japonês rebate acusações de Ghosn

A ministra da Justiça do Japão, Masako Mori, diz que as acusações são "absolutamente intoleráveis"

© Reuters

Economia CARLOS-GHOSN 08/01/20 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governo japonês emitiu comunicado para rebater as acusações de Carlos Ghosn, ex-presidente da aliança automotiva Renault-Nissan-Mitsubishi, ao Ministério Público do Japão. Em entrevista à imprensa, o executivo levantou suspeitas de colusão entre a empresa, a Justiça e o governo japoneses. 

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Em resposta, a ministra da Justiça do Japão, Masako Mori, diz que as acusações são "absolutamente intoleráveis" e que o "sistema de Justiça criminal do Japão estabelece procedimentos apropriados e é administrado de maneira adequada para esclarecer a verdade nos casos, garantindo os direitos humanos individuais básicos", diz no comunicado.

Gohsn também acusou a Justiça japonesa de o manter separado de sua família. Ele teria que permanecer em prisão domiciliar, proibido de deixar o Japão e também só poderia ver sua esposa se o tribunal aprovasse uma solicitação.

Tais restrições levaram sua mulher, Carole Ghosn, a escrever um artigo no jornal The Washington Post questionando as leis japoneses. Ela também entrou em contato com líderes mundiais que se reuniram no Japão para a cúpula do G20, em junho.

 Mori rebate que "existe também uma maneira de entrar com uma ação para buscar reparação de um prejuízo sofrido por tal detenção. A menos que exista o risco de ocultar ou destruir evidências, um réu pode ter contato com seu cônjuge e outras pessoas. Para todos os casos criminais no Japão, como é óbvio, é garantido a todos os réus o direito a um julgamento justo e público."

Em uma demonstração de impotência diante da fuga de Ghosn, Mori se limitou a convidar o executivo a buscar a Justiça em solo japonês. "Se o acusado Ghosn tem algo a dizer, eu tenho a profunda esperança de que ele se engaje em todos os esforços possíveis para buscar Justiça em uma corte japonesa."

A ministra também justificou o rigor do sistema de Justiça de seu país por razões históricas e culturais, afirmando que continuará a trabalhar para aprimorá-lo. "Nós não vamos economizar esforços para rever como podemos aprimorar o sistema judicial do Japão", afirmou.

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