Maduro anuncia nova edição do Foro de São Paulo

O Foro de São Paulo é um grupo que reúne partidos, governos e movimentos de esquerda da América Latina

© REUTERS (Foto de arquivo) 

Mundo Venezuela 09/01/20 POR Folhapress

BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) - O venezuelano Nicolás Maduro anunciou na noite desta terça-feira (7) que seu país vai receber no final do mês um novo encontro do Foro de São Paulo, grupo que reúne partidos, governos e movimentos de esquerda da América Latina.

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"A ideia é organizar a agenda para este ano de 2020", disse Maduro em um estádio de beisebol em La Guaira, ao norte de Caracas.

O anúncio foi feito horas depois de deputados chavistas e opositores entrarem em confronto na sede da Assembleia Nacional -cada lado elegeu um presidente diferente para o comando da Casa e não reconhece o escolhido pelo adversário.  

A reunião do Foro, que deve acontecer em Caracas entre 22 e 24 de janeiro, pode ficar esvaziada, já que até o momento poucos líderes confirmaram presença.    

Maduro não especificou ainda quem exatamente fará parte da lista de convidados, mas um comunicado de seu partido, o PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela), mencionou alguns nomes.

Entre eles estão o dirigente do regime ditatorial de Cuba, Miguel Díaz-Canel, e dois líderes dissidentes das antigas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), Iván Márquez e Jesus Santrich -a dupla rompeu com o comando do grupo em agosto e anunciou a retomada da luta armada. 

A presença do ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, chegou a ser especulada, mas fontes próximas a ele afirmaram que ele não vai. 

O Foro de São Paulo foi fundado em 1990, e reforçado pelo então líder opositor -e posteriormente presidente venezuelano- Hugo Chávez, em 1998, quando ele passou a ganhar projeção internacional.

Na década seguinte o grupo ganhou força com a chegada de diversos representantes da esquerda ao poder na América Latina. 

Além de Lula e Chávez, também participaram de reuniões do Foro nesse período o boliviano Evo Morales, o equatoriano Rafael Correa, o paraguaio Fernando Lugo, a chilena Michelle Bachelet e o uruguaio José "Pepe" Mujica, sem contar o ditador da Nicarágua, Daniel Ortega. 

Exceção ao nicaraguense, todos os outros já deixaram o poder. Com isso, os últimos encontros do Foro  ficaram esvaziados.

O mais recente, que aconteceu em junho também em Caracas, quase não contou com a presença de chefes de Estado e o espaço acabou preenchido por organizações e partidos de esquerda da região. 

Por outro lado, vem ganhando força o Grupo de Puebla, chefiado pelo chileno Marco-Enríquez Ominami e pelo colombiano Ernesto Samper, também voltado para discutir os rumos da esquerda na região.

A primeira reunião destes, que contou com a presença dos petistas Dilma Rousseff e Aloizio Mercadante, ocorreu em Buenos Aires, no final de 2019 -o próximo encontro deve ser em Santiago.

Mas quem ganhou protagonismo no grupo foi o então recém-eleito presidente da Argentina, Alberto Fernández, que em seu discurso deixou clara sua ambição de liderar uma esquerda moderada na região.

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