Servidores públicos articulam pressão por reajuste de salários

Sindicatos e associações de classes como policiais federais articulam uma grande mobilização a partir de março contra o congelamento de salários.

© Reuters

Economia Greve 10/01/20 POR Estadao Conteudo

O aceno positivo do presidente Jair Bolsonaro à concessão de reajustes para policiais do Distrito Federal, cujos salários são bancados com dinheiro da União, abriu a porteira para outras categorias do funcionalismo federal elevarem a pressão por aumentos na remuneração. Sindicatos e associações de classes como policiais federais articulam uma grande mobilização a partir de março contra o congelamento de salários.

PUB

A equipe econômica não vê espaço no Orçamento para ampliar as remunerações, mas admite nos bastidores que a pressão virá e será necessário mostrar à ala política do governo que não há folga fiscal para negociação.

As categorias, por sua vez, já têm se reunido e discutem uma estratégia para a campanha salarial, que deve envolver mobilizações, incluindo um dia de paralisação geral, e pedidos de apoio a parlamentares das bancadas de segurança (295 membros) e de defesa dos servidores (241 deputados e senadores). Os reajustes precisam ser aprovados pelo Congresso.

No Orçamento de 2020, apenas os militares das Forças Armadas foram contemplados com reajustes salariais e criação de novas vantagens, a um custo de R$ 4,7 bilhões neste ano. Os aumentos foram negociados no mesmo projeto que alterou as regras de aposentadoria das tropas federais.

No fim do ano passado, porém, Bolsonaro cedeu aos pedidos do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, para incluir no Orçamento reajustes que vão de 8% a 25% às forças de segurança do DF. O custo de R$ 505 milhões sairá do Fundo Constitucional do DF, ou seja, não representa gasto adicional para a União, mas implicará redução de outras despesas com segurança.

Com os acenos a categorias que compõem a base de Bolsonaro - que é capitão reformado do Exército e se elegeu defendendo as forças de segurança -, outras classes vão pleitear o mesmo tratamento.

O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Luís Antônio Boudens, disse que a pressão por reajustes virá "naturalmente", não só por conta do aceno aos policiais do DF, mas também porque em março entrarão em vigor as novas contribuições previdenciárias dos servidores. Hoje em 11%, elas poderão chegar a 22% para quem ganha acima de R$ 39 mil mensais.

Os últimos reajustes foram aprovados pelo Congresso Nacional entre 2016 e 2017.

O diretor executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, Felipe Salto, alerta que não há espaço no Orçamento para ampliar os gastos com pessoal, que devem chegar a R$ 336,6 bilhões neste ano. "A verdade é que não há mais espaço fiscal nenhum no Orçamento", afirma.

 

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Jojo Todynho Há 11 Horas

Jojo Todynho veste roupa que usava antes de perder 50kg. "Saco de batata"

brasil Herança Há 13 Horas

Viúvo de Walewska cobra aluguel para que sogros morem em imóvel da filha

brasil Rio Grande do Sul Há 13 Horas

Governador do RS alerta para "maior desastre da história" do estado

mundo EUA Há 10 Horas

Criança morre após ser forçada a correr em esteira pelo pai

fama Brian McCardie Há 12 Horas

Morre Brian McCardie, ator da série Outlander, aos 59 anos

brasil MORTE-SC Há 12 Horas

Adolescente de 14 anos morre após ser picado por cobra venenosa em SC

mundo Londres Há 12 Horas

Responsável por ataque com espada em Londres tem cidadania brasileira

fama Isabel Veloso Há 13 Horas

Marido de influencer com câncer terminal: 'Finjo que não vai acontecer'

economia INSS Há 11 Horas

INSS começa a pagar 13º antecipado; veja quem tem direito

esporte Arábia Saudita Há 12 Horas

Sem folga: Al Hilal treina após garantir vaga na final; veja as imagens