Presidente do Flamengo não vai à CPI que investiga incêndio no CT

Os dirigentes do clube foram convocados para a CPI, que contou com a presença de familiares das vítimas.

© Ricardo Moraes/Reuters

Esporte FLAMENGO-DIREÇÃO 07/02/20 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Depois de o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, e nenhum de seus vices terem comparecido à CPI dos Incêndios na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) nesta sexta-feira (7), o deputado Alexandre Knoploch (PSL) pediu medida de condução coercitiva para ouvir o dirigente caso ele não apareça novamente na próxima sexta (14).

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Condução coercitiva é um expediente processual em que o oficial de justiça ou força policial conduz a testemunha (ou acusado) para cumprir uma intimação.

Os dirigentes do clube foram convocados para a CPI, que contou com a presença de familiares das vítimas. Já que não compareceu, Landim deveria ter enviado um atestado ou ser representado por um vice-presidente, o que não aconteceu.

Antonio César Panza, diretor jurídico, foi o único representante da atual administração do Flamengo. O ex-mandatário Eduardo Bandeira de Mello também esteve presente.

Os pais do garoto Pablo, uma das vítimas, participaram da audiência, assim como membros do Corpo de Bombeiros, da Polícia e do Ministério Público.

"No dia da morte do meu filho, não tive um contato do clube, soube pela imprensa. Eu não tive acompanhamento psicológico, o Flamengo não me ajuda em nada. Não houve contato nenhum", relatou Wedson Cândido de Matos, pai do jovem.

Advogada da família, Mariju Maciel fez uma reclamação ao Flamengo. "A gente queria atenção. É muito triste receber um caixão e ver as pessoas transformarem isso em dinheiro. Estamos falando de dor, não de dinheiro", disse a representante legal da família de Pablo.

A comissão não trata exclusivamente da tragédia no Ninho, mas também de outros incêndios de grandes proporções ocorridos no Rio de Janeiro recentemente, casos do Museu Nacional e do Hospital Badim, por exemplo.

Há quase um ano, em 8 de fevereiro de 2019, o incêndio provocado por curto-circuito em um ar-condicionado no centro de treinamento George Helal, também conhecido como Ninho do Urubu, na zona oeste do Rio de Janeiro, matou dez jogadores das categorias de base do clube. Outros três ficaram feridos. Os atletas tinham de 14 a 16 anos.

O Flamengo já tem acordo com as famílias de Gedson Santos, Athila, Vitor Isaias e com o pai de Rykelmo. A equipe paga uma pensão mensal de R$ 10 mil para as famílias das vítimas por determinação da Justiça, mas contesta este valor. O clube considera a quantia excessiva - antes da decisão, pagava R$ 5 mil por mês. A maioria das negociações por indenização está pendente.

Outra queixa dos familiares das vítimas é que, depois de 12 meses, o Ministério Público não tenha denunciado possíveis responsáveis pelo incêndio. Antes da tragédia, o Flamengo já havia sido multado 31 vezes pela prefeitura, pois o alvará de funcionamento do alojamento indicava que existiria um estacionamento no local.

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