Procuradoria da Suíça acusa Valcke e presidente do PSG de corrupção

Jérôme Valcke foi acusado de receber propina, má gestão e falsificação de documentos

© Reuters

Esporte Justiça 20/02/20 POR Estadao Conteudo

A Procuradoria-Geral da Suíça acusou nesta quinta-feira o francês Jérôme Valcke, ex-número dois da Fifa, e o catariano Nasser Al-Khelaifi, presidente do Paris Saint-Germain, de corrupção. Eles foram indiciados em investigação relacionada à distribuição dos direitos de transmissão de diversas edições da Copa do Mundo e da Copa das Confederações à canais de televisão.

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Ex-secretário-geral da Fifa, Valcke foi acusado de receber propina, má gestão e falsificação de documentos. Al-Khelaifi, por sua vez, teria estimulado o francês a cometer os crimes de má gestão. A Procuradoria ainda indiciou uma terceira pessoa, um empresário, cujo nome não foi revelado.

Pela primeira vez em cinco anos de investigação de casos de corrupção na Fifa, os procuradores suíços escancararam que acreditam que Valcke tenha recebido 1,25 milhão de euros (cerca de R$ 5,8 milhões, no câmbio atual) em propinas para direcionar os direitos de transmissão da Copa do Mundo para emissoras da Itália e da Grécia.

Valcke ocupou o cargo de secretário-geral da Fifa, abaixo apenas do presidente, entre 2007 e 2015, quando foi suspenso pela própria entidade por suspeita de corrupção. Em janeiro de 2016, ele foi demitido de forma definitiva. Na época, era acusado internamente de participar de esquema de venda ilegal de ingressos da Copa do Mundo de 2014, disputada no Brasil.

Al-Khelaifi, por sua vez, foi liberado da acusação de pagar propina direta a dirigentes. Após três anos de investigação, a Procuradoria revelou que a Fifa chegou a um "acordo amigável" com o catariano para desistir da acusação criminal ligada à distribuição dos direitos de transmissão das Copas de 2026 e 2030 à rede BeIN Sports, da qual Al-Khelaifi é proprietário. Sediada em Doha, a beIN Sports transmite jogos de futebol no Oriente Médio, assim como em partes da Ásia, Europa e América do Norte, e compra direitos da Uefa.

No entanto, o presidente do PSG foi acusado de permitir a Valcke morar em uma casa luxuosa na Ilha da Sardenha, na Itália, sem precisar pagar por aluguel, estimado em 1,8 milhão de euros (R$ 8,4 milhões).

Al-Khelaifi foi nomeado para o Comitê Executivo da Uefa há um ano, apesar de estar envolvido em acusações de corrupção. Além disso, ele tem papel influente no conselho da Associação de Clubes da Europa, que busca promover mudanças na Liga dos Campeões. Segundo os críticos, estas alterações teriam objetivo favorecer clubes maiores e mais riscos, como o PSG.

O empresário do Catar também foi envolvido em outra investigação de corrupção na França. Procuradores do país apuram se Al-Khelaifi teve influência na escolha do Catar para sediar o Mundial de Atletismo do ano passado, em Doha. Al-Khelaifi nega todas as acusações.

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