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Uma fonoaudióloga disse que foi agredida por um homem que dizia ser funcionário da NET. Segundo reportagem do Extra, ela afirmou que o suspeito foi a sua casa, em Belo Horizonte, para verificar um problema na recepção do sinal
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Após a agressão, Analice de Souza, de 31 anos, compartilhou fotos no Twitter, que a mostram imobilizada. A reportagem do Extra falou com ela, que explicou que o caso ocorreu no sábado. No dia anterior, a fonoaudióloga entrou em contato com a NET porque sua televisão estava sem sinal.
"Depois de duas horas esperando o retorno do sinal, eu fui ao meu vizinho, que também é assinante, para perguntar como estava o sinal dele. Ele me disse que, na casa dele, em momento nenhum ficou sem transmissão. Liguei novamente para NET e ninguém sabia me informar o que estava acontecendo. Na vigésima ligação, vigésima contada, me explicaram que meu contrato tinha sido cancelado. Eu perguntei ‘Com autorização de quem?’, eu sou titular da linha e não tinha autorizado ninguém a cancelar. Ninguém soube me explicar. Fiquei no telefone até quase 11 da noite e nada de resolver. E sempre que eu pedia o protocolo, a ligação caia", contou.
Na falta de resposta, Analice falou com o técnico que fez a primeira instalação em sua casa. Ao Extra, ela relatou que esse técnico fez o pedido para a reinstalação, que aconteceria no dia seguinte. "No sábado, chegou um técnico aqui, não se identificou, disse apenas que era da NET e que veio fazer a reinstalação. Não deu bom dia, nem nada. Ele entrou, sentou na cadeira da sala, colocou dois fones de ouvido e começou a conversar com o supervisor dele. Ficou meia hora o telefone e, depois, virou para mim e disse: 'liga para o serviço de atendimento e pede para eles mudarem seu status de cancelado para ativo'. Fiz até em viva voz para ele ouvir. Ele voltou a ligar para o supervisor e disse que não faria o serviço, uma vez que ele estava cancelado. Então, minha mãe disse: 'Não pode isso, se você veio aqui para fazer o trabalho, tem que fazer. Ninguém pediu para cancelar'".
Foi então que o técnico começou com a violência. Ele teria jogado a cadeira e começado a xingar a mãe da vítima, de 67 anos. "Ele foi para dar um soco nela, eu entrei na frente e o golpe pegou em mim. Eu fui pegar meu celular para tirar uma foto do crachá dele para fazer uma reclamação na NET. Nessa hora ele pegou meu celular e arremessou longe. Então, ele jogou no chão, começou a chutar minha cabeça e minhas costas. Eu estava preocupada em proteger meus dentes, eu estava muito preocupada. Ele continuou me chutando e conseguiu golpear a barriga e perna. Eu estou cheia de hematomas" conta Analice.
Em seguida, o funcionário foi embora. Após ser liberada do hospital, Analice foi a delegacia. Ela descobriu que o agressor também tinha registrado ocorrência, alegando que foi agredido por Analice. "Minha reação foi “Meu Deus, como pode?”. Se você olhar para mim e para a minha mãe, vai ver que não temos a menor condição de agredir um homem. Eu mal consigo abrir uma vasilha de maionese, minha mãe tem 67 anos e é super debilitada. Não teríamos condições de agredir o técnico", explica.
O caso está sendo investigado. Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil de Minas Gerais, os dois foram encaminhados para exames de corpo. A reportagem do Extra não conseguiu contato com a NET.