Igreja Católica faz apelo ao governo da Venezuela

O cardeal Jorge Urosa Sabino explicou que "se é certo que há na fronteira muitos focos de delito, há que procurar os criminosos e não simplesmente arremeter contra cidadãos comuns".

© Reprodução/Lusa

Mundo Direitos Humanos 29/08/15 POR Notícias ao Minuto

A Igreja Católica apelou hoje (29) às autoridades da Venezuela para que respeitem os direitos humanos dos cidadãos colombianos que se encontram em território venezuelano. O governo fechou, há dias, as fronteiras de vários municípios com a Colômbia.

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"Tem havido uma grande quantidade de excessos e de maus tratos a cidadãos colombianos, deportados, que são totalmente condenáveis e que devem cessar de imediato. É necessário que se respeite a dignidade de todas essas pessoas", disse o arcebispo de Caracas.

Em declarações aos jornalistas, o cardeal Jorge Urosa Sabino explicou que "se é certo que há na fronteira muitos focos de delito, há que procurar os criminosos e não simplesmente arremeter contra cidadãos comuns".

"O governo (venezuelano) tem uma gravíssima responsabilidade, porque tem sido criada uma espécie de ambiente delituoso na fronteira (…), mas, em primeiro lugar, há que respeitar os direitos e há que evitar qualquer tipo de maltrato a esses cidadãos, que são nossos irmãos, e desde o ponto de vista cristão e legal, é uma obrigação", disse.

"As garantias não se podem suspender simplesmente por operações do tipo policial. Isso é completamente exagerado e deve ser revertido o mais depressa possível", frisou.

No último dia 24, o governo venezuelano publicou um decreto oficializando o estado de emergência em seis municípios fronteiriços com a Colômbia, justificando a medida com o combate aos grupos paramilitares, ao narcotráfico e ao contrabando.

O decreto presidencial suspende por 60 dias, prorrogáveis, garantias constitucionais nos municípios de Bolívar, Pedro María Ureña, Junín, Capacho Nuevo, Capacho Viejo e Rafael Urdaneta, do Estado de Táchira.

No texto do decreto é explicado que a medida surge devido "à presença de circunstâncias criminosas e violentas vinculadas a fenômenos como grupos paramilitares, o narcotráfico e o contrabando", ações "que rompem o equilíbrio do direito internacional, a convivência pública cotidiana e a paz", provocando "violência contra cidadãos e funcionários venezuelanos no exercício das suas funções públicas".

A Venezuela fechou hoje as fronteiras dos municípios de Lobatera, Ayacucho, Garcia de Hevia e Panamericano, no estado venezuelano de Táchira, a sudoeste de Caracas, ao mesmo tempo que reforçou a presença de militares na área.

Desde o fechamento da fronteira, mais de 1.000 colombianos foram repatriados e outros 4.260 abandonaram a Venezuela. 

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